A piramboia se parece com uma cobra e, por isso, é confundida com o poraquê e a moreia. É conhecida como caramuru e traíra-boia e tem primos na África e na Austrália. A piramboia vive em charcos enlameados onde a profundidade não passa de 40 centímetros. Quando a água acaba, ela cava um buraco na lama e se enfia nele. Faz uma portinha de barro e deixa espaço suficiente para respirar, saindo dali somente quando as chuvas retornarem.

O índio do Amazonas e do Mato Grosso pesca a piramboia com os pés. Ele sai procurando os canais no meio da lama e escava o túnel até achar o bicho. Além de ter guelras, a piramboia tem pulmões. Enfiada na lama respira pela boca e narinas. Quando os pântanos se enchem, elas voltam a respirar pelas guelras dentro d’água, subindo algumas vezes para sentir o gostinho do ar da superfície.

Fora d’água, a grande maioria dos peixes morre por não conseguir respirar. A piramboia foi criada com dois órgãos respiratórios: as guelras e os pulmões. Para ela tanto faz: estando na água ou não, a piramboia respira igual.

Adaptar-se às novas situações não é fácil, mas precisamos aprender a fazer isso. O apóstolo Paulo estava pregando o evangelho ao povo da cidade de Corinto, e percebeu que precisava agir com sabedoria para que eles vissem a Jesus em sua vida.

Sendo livre agiu como se fosse escravo; relacionou-se com os judeus como se fosse um judeu, e mesmo sendo forte agiu como um fraco. É preciso ter cabeça e humildade para agir assim. Tem gente que confunde as coisas, pensando: “Vou tomar um pouco de vinho com meus amigos para que eles não pensem que sou fanático.” Mas Paulo não vendeu seus princípios.

Jesus é Deus, mas veio à Terra como homem. Ele morreu na cruz, mesmo sendo o Autor da vida. Tinha poder, mas não usou-o em benefício próprio. A vida cristã só tem significado quando você é livre. Livre para sorrir, para amar, para se alegrar. Livre para falar a uma criança como criança; livre para chorar com os que choram; livre para não humilhar; livre para não odiar. A atitude de Paulo foi a da não rigidez. Quanto menos ácida for a nossa vida, mais as pessoas verão a Jesus em nós.