Cristo aplicou essas profecias [Ez 34:23, 16, 25, 28] a Si mesmo e mostrou o contraste entre Seu caráter e o dos líderes de Israel. Os fariseus tinham acabado de expulsar uma ovelha do aprisco por ter ousado testemunhar do poder de Cristo. Haviam excluído uma pessoa que o verdadeiro Pastor estava atraindo para Si. Nisso haviam mostrado que desconheciam a obra confiada a eles e eram indignos do legado que receberam como pastores do rebanho. Então Jesus lhes apresentou o contraste entre eles e o Bom Pastor e declarou ser o verdadeiro guarda do rebanho de Deus. Entretanto, antes disso, falou de Si mesmo por meio de outro símbolo.
Ele declarou: “Quem não entra no curral das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas” (Jo 10:1, 2). Os fariseus não tinham compreendido que essas palavras eram ditas contra eles. Ao pensarem sobre o significado delas, Jesus lhes disse claramente: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por Mim, será salvo; entrará, sairá e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (v. 9, 10).
Cristo é a Porta do aprisco de Deus. Por essa porta, todos os Seus filhos têm entrado, desde os tempos mais remotos. Em Jesus, conforme mostrado em tipos, prefigurado em símbolos, manifestado nas revelações dos profetas e evidenciado nas lições dadas aos discípulos e nos milagres realizados em favor dos filhos dos homens e das mulheres, eles têm contemplado “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), e por intermédio Dele são incluídos no aprisco de Sua graça. Muitos objetos de fé têm sido apresentados ao mundo; produzem-se cerimônias e sistemas pelos quais as pessoas esperam receber a justificação e a paz com Deus, assim entrando em Seu aprisco. No entanto, a única porta é Cristo. E todos os que têm apresentado algo para tomar o lugar Dele, todos os que têm buscado entrar no aprisco por qualquer outro modo, são ladrões e assaltantes.
Os fariseus não entraram pela porta. Subiram ao aprisco por outro meio, não por Cristo, e não estavam realizando a obra do verdadeiro pastor (O Desejado de Todas as Nações, p. 383, 384 [477, 478]).
PARA REFLETIR: Se Jesus é a Porta do aprisco do rebanho de Deus, qual é o seu papel como subpastor que trabalha para Ele e com Ele?