Terça-feira
25 de julho
A presença de Deus na tempestade
Nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Josué 1:5

A Bíblia está cheia de garantias de que Deus está conosco mesmo em nossos momentos de maior aflição. Somos ensinados que Ele anda conosco em meio às tormentas da vida – tempos de pesar e perda, tempos de medo e ansiedade. Mesmo assim, muitas de nós achamos que, em nossas tempestades pessoais, o conhecimento intelectual da bondade e fidelidade de Deus não é suficiente. Cada uma de nós deve descobrir por si que Ele verdadeiramente está conosco durante essas ocasiões e que as permite com um propósito.

Tenho amigas que tentam desesperadamente encontrar a prometida presença de Deus em suas próprias fornalhas da aflição. Uma recebeu o diagnóstico de câncer; outra perdeu o emprego devido a mentiras maldosas a seu respeito; outra, ainda, perdeu um amado esposo que era fiel líder na igreja. Todas essas três mulheres de fé, tempos atrás, dedicaram a vida para servir a Deus e ao próximo, mas cada uma delas tem sido assombrada pela pergunta: “Por que Deus permite que isso aconteça comigo/com meu ente querido? Onde Ele estava quando mais precisei dEle?”

Maria e Marta se perguntaram a mesma coisa quando Jesus não chegou a tempo para curar seu irmão, Lázaro. Elas amavam a Jesus e confiavam nEle, tanto quanto qualquer um dos Seus seguidores, mas ainda questionavam por que Ele chegara quatro dias atrasado para salvar seu irmão. Dentro de pouco tempo, no entanto, elas entenderam. Quando Jesus chamou Lázaro para fora do sepulcro, elas e todos os que testemunharam o evento perceberam que Jesus tem o poder da vida sobre a morte e é, na verdade, Deus encarnado.

Em meu próprio momento de grande perda, fui abençoada por ter amigos piedosos que me aconselharam a buscar a Deus nas Escrituras e em outros escritos inspirados. Ao ler novamente sobre a última semana da vida de Jesus na Terra, e sobre os indizíveis sofrimentos que suportou por mim, eu me convenci de que nunca poderia sofrer como Ele sofreu. Embora essa convicção não tenha, imediatamente, proporcionado toda a fé que eu precisava para suportar a fornalha, ela me ajudou a me concentrar na soberania de Deus e em Seu grande amor por mim. Aprendi que, ao me apegar a Ele quando não entendia nada, minha fé foi sustentada; recebi força para suportar e, finalmente – de modo inesperado – crescer.

Experimentei a verdade das palavras do poeta John Greenleaf Whittier: “Nada antes, nada atrás; / Os passos da fé / Caem sobre um aparente vazio, e encontram / A Rocha por baixo.”

Ao nos apegarmos a Jesus, passaremos pela experiência de sentir a Rocha sob nossos trôpegos passos.

Carla Baker