Segunda-feira
17 de janeiro
A risonha e o caladão
Você ficará mudo. Não poderá falar até o dia em que isso acontecer, porque não acreditou em minhas palavras. Lucas 1:20

Diante do inesperado, cada pessoa reage de um jeito. Uns ficam sem ação, espantados; outros, em busca de explicações. E você, o que faz? Qual é a sua resposta-padrão? O que dizem seus comportamentos automáticos sobre aquilo em que você acredita e sobre quem você é? Veja como Sarai reagiu. Os mensageiros anunciaram que ela ficaria grávida. Ela simplesmente riu. Ora, rir não é pecado, mas duvidar de Deus sim. O riso de Sarai foi de incredulidade e desdém. Ela questionou: “Será verdade que darei ainda à luz?” (Gn 18:13, NAA). Pense bem: Se descrer da promessa divina é ruim, o que dizer da incapacidade de uma pessoa para reconhecer a própria falta de fé? É pior ainda, não acha? Sarai negou o que sentia, ou seja, mentiu para si mesma e, em seguida, mentiu para Deus (Gn 18:15). Ela demonstrava dificuldade de entender os próprios sentimentos e lidar com eles. Tudo o que ela fez depois só confirma isso. Uma pena, não é? Quanta coisa ruim a atitude certa poderia evitar!

A história de Zacarias é parecida. Ele recebeu um mensageiro do Céu que anunciou o nascimento de João Batista. Zacarias duvidou. Afinal, Isabel era uma mulher de idade avançada. “Um filho?! Como assim?”, ele deve ter pensado. A resposta do anjo a Sarai foi: “Existe alguma coisa impossível para o Senhor?” (Gn 18:14). De certo modo, era a mesma resposta que Zacarias receberia. Ele “perguntou ao anjo: ‘Como posso ter certeza disso?’” (Lc 1:18). Não quis esperar a promessa se cumprir. O anjo mostrou a Zacarias que Deus é fiel e que duvidar disso tem um preço. Sarai riu e, no mesmo instante, foi repreendida. Zacarias falou demais e, por isso, ficou mudo durante vários meses; teve, afinal, a resposta que pediu.

Diante de um milagre ou uma situação inesperada, às vezes a dúvida se insinua. Mas não pense que sua incredulidade limitará o poder de Deus, irá intimidá-Lo ou fazê-Lo retroceder. Aprenda a viver pela fé, não pela vista. Quem dera a oração de Sarai, a de Zacarias, a sua e a minha fosse como a de Davi! “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo Te ofende e dirige-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23, 24).