Em uma das minhas misteriosas viagens de ônibus anuais com cerca de trinta colegas, acabamos na Sala Trancada [The Locked Room], em Calgary, Alberta. Esse lugar abriga quatro salas trancadas (cada uma com um tema diferente), o que exige trabalho em equipe para que o grupo escape dos locais. Estávamos divididos em quatro grupos. Com sentimentos de apreensão, ouvimos a porta clicar atrás de nós quando entramos em uma sala sem janelas, cheia de fotos e dispositivos. Tínhamos uma hora para resolver uma série de quebra-cabeças e códigos para tentar encontrar nossa saída. Para o caso de alguém entrar em pânico ou ter uma emergência pessoal antes de encontrar uma saída da sala, havia um botão de emergência perto da porta de entrada que poderíamos pressionar para pedir ajuda. Com essa notícia, alguns suspiraram aliviados.
Compartilhar ideias sobre como resolver esse quebra-cabeça tornou mais suportável o nosso aprisionamento. “Deixe eu tentar”. “Eu tenho uma ideia”. “Talvez precisemos atribuir letras aos números para formar uma palavra secreta”. Ao resolvermos uma parte do quebra-cabeça, em geral encontrávamos outro código para decifrar ou uma chave que desbloqueava outra seção da sala. Sempre que chegávamos a um beco sem saída, podíamos pedir ajuda da recepção, receber mais pistas e avançar.
Ao sermos desafiados a desvendar um dilema bloqueado, percebi uma analogia com as experiências da vida real. Você já sentiu como se estivesse presa em uma sala trancada, sem saída? Talvez você não tenha dinheiro para as contas do fim de mês, ou talvez seu emprego não seja seguro. Talvez haja uma crise familiar ou, como gerente, você precise resolver um problema com um funcionário. Talvez você tenha problemas de saúde com muitas consultas e nenhuma resposta.
Quando nos sentimos aprisionadas, muitas vezes temos familiares e amigos com quem compartilhar nossas preocupações. Eles fazem sugestões e nos encorajam a superar a experiência da sala trancada. Mas, acima de tudo, há um botão de emergência de fácil acesso que podemos pressionar a qualquer momento para chamar Aquele que tem as respostas para todos os nossos problemas. A libertação pode não ser imediata, mas Ele nos verá através do nosso dilema se confiarmos Nele com todo nosso coração.
Como o rei Davi, temos a certeza de que “o Senhor ouvirá quando eu O invocar” (Sl 4:3).
Edith Fitch