Por acaso, ou talvez por providência, sintonizei o noticiário da noite. Não é algo típico em mim, já que meu tempo é quase totalmente consumido em viagens, e minha atenção se volta apenas a projetos necessários durante as poucas noites desfrutadas em casa. No entanto, por um breve momento, naquela noite, o apresentador do noticiário prendeu minha atenção com seu anúncio da reportagem que viria a seguir. Depois dos comerciais, fiquei atônita diante de uma história incrivelmente inspiradora.
A reportagem contava sobre a conquista especial de uma formanda do ensino médio, de 18 anos de idade, que, como oradora da turma, relatou algumas circunstâncias de sua curta vida. Dirigindo-se ao auditório, contou que seu pai havia morrido quando ela estava com apenas um ano de idade, e que havia perdido a mãe também. Relatou como passara a viver em um orfanato e, até concluir o ensino médio, vivera essencialmente em um abrigo para pessoas sem lar, onde ainda morava.
Então, desmentindo seus 18 anos, ela deu o seu conselho – a sabedoria da idade – aos colegas e aos outros que estivessem ouvindo.
Disse aos ouvintes que não devemos nos enredar em circunstâncias temporárias a ponto de permitir que elas nos definam e determinem os resultados na vida. Como o apóstolo Tiago, ela compreendia a identidade e a perseverança, bem como sua importância na vida. Ela me fez lembrar de uma coisa que certa vez aprendi: nós não devemos confundir a jornada com o destino.
Outra perspectiva poderia ser que jamais devemos confundir o atalho com o caminho. A vida está cheia de armadilhas. Por vezes, caímos ou somos forçados a cair em uma; porém, devemos sempre voltar à superfície. Precisamos subir e sair, e reiniciar a trajetória para a qual fomos chamados. Deus sempre nos chama para fora.
Essa é a razão pela qual gosto muito da letra de um poema e canção, intitulado “Ainda me Ergo”. Em sua obra, Maya Angelou, já falecida, descreve algumas circunstâncias da vida, terrivelmente desafiadoras, e encerra cada cenário com as inspiradoras palavras “ainda me ergo”. Sua declaração, cada vez, é assertiva, sem jamais vacilar na força e convicção.
Esse é o tipo de convicção que devemos ter no conhecimento de nossa vitória em Jesus.
Ella Louise Smith Simmons