Aos cinco anos, meus irmãos e eu fomos colocados em um orfanato. Embora separada de minha mãe biológica, sempre mantive um sentimento de “união” a ela em meu coração, sempre buscando, esperando, esperando e esperando seu retorno. Aos trinta anos, encontrei minha mãe. Que grande alegria! Em apenas dois anos, no entanto, minha alegria foi ofuscada por ela nos deixar novamente.
Certo dia, enquanto minha mãe ainda morava em Huntsville, Alabama, com meus irmãos e eu, ela decidiu partir novamente sem deixar rastro. Minha irmã mais velha e eu fomos em seu apartamento ver como ela estava. Temendo que algo estivesse errado quando não ouvimos resposta, os seguranças do apartamento nos permitiram entrar. Para nossa surpresa, minha mãe tinha empacotado tudo e ido embora. Ela não deixou nem um bilhete. Embora ela não tenha deixado crianças para trás desta vez, ela deixou para trás seus filhos adultos que ainda precisavam e ansiavam pelo amor de mãe. Contudo, Deus cura e me lembrou de Sua compaixão para continuar orando por ela.
Então, depois de quase sete anos, mamãe me ligou. Mais uma vez me enchi de alegria. Eu estava ansiosa para vê-la novamente, e ela disse estar igualmente ansiosa para me ver também. Em agosto de 2013, visitei minha mãe. Fui vê-la sem pensar no primeiro ou segundo abandono, apenas no amor incondicional. Desta vez, sabia que finalmente haveria uma ligação entre nós. É triste dizer que aquele encontro partiu meu coração. Minha mãe não conseguia nem me abraçar, embora não me visse havia quase sete anos. Nem preciso dizer que a visita durou muito pouco. Após voltar para casa, eu tinha muitas perguntas, e meu coração partido me deixou entorpecida. Essa foi a terceira vez que fui rejeitada pela minha mãe.
Quando comecei a deixar Deus me curar, Ele novamente falou a meu ferido coração. Meu Pai, Salvador e Amigo me disse: “Preciso que você seja um canal do Meu amor incondicional para sua mãe. Eu preciso que sua mãe saiba que ‘Deus prova Seu próprio amor pa ra conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores’” (Romanos 5:8). Até hoje, ainda procuro minha mãe. Ela não se comunica comigo, mas tudo bem. Sou um vaso disposto para que o amor incondicional de Deus flua por meu intermédio. Diariamente, agradeço a Ele por Seu amor incondicional por mim.
{ Wanda Misori }