Todos os dias, faço caminhada em uma das mais lindas trilhas na minha comunidade — um bairro chamado Carrollwood Village. Ele é cercado de casas bem cuidadas e de lagos e córregos tranquilos; há árvores frondosas, vegetação de todos os tipos. Lojinhas, uma escola básica e duas igrejas completam o quadro. O percurso de cerca de seis quilômetros passa por curvas alargadas, sobe pequenos morros e desce até quadras de tênis, basquete e handball. Por fim, ela anda paralela a uma rodovia movimentada de seis pistas que passa em um dos lados do bairro murado.
A caminhada é o momento que passo mais agradável com Deus. Começo com uma atitude de gratidão. Nada obstrui a visão do céu. Olho para o céu e para o quadro maravilhoso que ele forma. Que visão maravilhosa! Às vezes, o céu é azul anil com nuvens brancas tão altas que o meu pescoço dói tentando olhar para cima. A brisa fresca da manhã sopra na minha testa já quente da caminhada. Ela me leva a um estado mental de tranquilidade, calma e paz.
Muitas pessoas caminham, correm, andam de bicicleta e de skate, pescam ou sentam-se ao longo do caminho nos bancos que ficam de frente para os lagos enquanto os patos nadam e os esquilos correm de um lado para o outro. Ah, como é gostoso andar com Deus pelo bairro!
Depois, ao andar ao lado da rodovia, escuto o barulho de carretas, vans, carros e motos. A serenidade desapareceu, eu me distraio um pouco e sinto meu cansaço. Começo a diminuir o meu ritmo. Em nossa caminhada da vida com Deus, Satanás coloca distrações em nosso caminho para nos desanimar, esforçando-se para desviar nossa atenção do nosso destino: o Céu.
Quando viro a esquina seguinte, uma linda igreja aparece diante de mim com sua cruz magnificente — uma silhueta solitária em contraste com o céu azul. Fico motivada! Lembro-me de que Deus está comigo para me proteger, me levantar e me carregar, se necessário. Sei que estou chegando em casa e minha jornada não foi em vão. A cruz me faz lembrar de que meu Salvador sofreu por mim. Minhas frustrações e cansaço desvanecem. Meus pés doloridos já não parecem ser problema. As carretas, vans, carros e motos não me incomodam. Sinto paz, harmonia e muito amor por meu Salvador. Estou em casa.
Edna Thomas Taylo