“Aconteceu, depois disso, que Jesus andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus. Iam com Ele os doze discípulos, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Suzana e muitas outras, as quais, com os seus bens, ajudavam Jesus e os Seus discípulos” (Lc 8:1-3).
Você já parou para pensar naquelas mulheres e no que exatamente elas faziam? O próprio fato de um grupo de mulheres estar viajando com esses homens – algo que poderia ser um tanto inusitado naquela época – era incrível, mas não há nenhuma menção de escândalo.
Por causa da cultura da época, imagino como era difícil para as mulheres que se- guiam e ouviam Jesus ir até Ele ou aos discípulos com suas perguntas, mas havia essas mulheres – Maria, Joana, Suzana e outras – de quem elas poderiam se aproximar para fazer suas perguntas. Visto que aquelas mulheres viajavam com Jesus e O ouviam frequentemente, suponho que elas pudessem responder a muitas daquelas perguntas. Elas certamente O ouviam pregando nas sinagogas e em campos abertos. À medida que se familiarizavam com Jesus e os discípulos, talvez elas ousassem fazer suas próprias perguntas – aprendendo teologia!
Quantas histórias elas devem ter sido capazes de contar! Elas tinham visto leprosos sendo curados, demônios sendo expulsos, mestres da lei e fariseus sendo repreendidos, pães e peixes sendo multiplicados. Mesmo que nem sempre estivessem com o grupo, elas ouviam sobre os eventos. Eu não fi caria surpresa de saber que essas mulheres levavam muitas pessoas até Jesus para receber cura e salvação. Aqueles 12 homens não recebiam salário enquanto estavam caminhando com Jesus de um lado para o outro no país, então como eles conseguiam dinheiro para comprar alimentos, talvez novos calça- dos, e possivelmente até pagar por alguma hospedagem ocasional? Aquelas mulheres! Elas estavam financiando o ministério com seus próprios recursos!
Não é de admirar que essas mesmas mulheres estivessem lá na cruz, e sabemos que pelo menos Maria viu onde Ele tinha sido sepultado naquela sexta-feira à tarde. E, nova- mente, foram aquelas mulheres as primeiras a saber que Ele havia ressuscitado. Aquelas mulheres! Mulheres como você e eu, se assim preferirmos.
Ardis Dick Stenbakken