Terça-feira
05 de agosto
ARMADILHAS
Que a mesa deles se transforme em laço e armadilha, em tropeço e punição. Romanos 11:9

Você já viu um inseto preso em uma teia de aranha? Quanto mais ele luta, mais se enrola nos fios. Tudo o que a aranha faz é esperar, enrolá-lo e, quando tiver fome, devorá-lo.

No entanto, você nunca verá uma aranha presa em sua própria teia ou na teia de outra aranha. Há duas possíveis explicações para isso. A primeira é que a aranha possui em seu organismo uma substância que impede a teia de grudar em seu corpo. Outra razão é que, embora nem todas as aranhas construam teias, aquelas que o fazem criam-nas em um formato característico, típico da sua espécie. Isso serve como um aviso para outras aranhas, que reconhecem os padrões específicos e evitam se aproximar dessas teias.

A vida também é assim. Aqueles que já passaram por situações complicadas conhecem melhor as armadilhas de Satanás e, por isso, alertam os outros para que não repitam os mesmos erros. São como aranhas, que, conhecendo as armadilhas, não se enredam nas teias de outras aranhas.
Quando alguém assim se converte, pode ser usado por Deus para alertar os demais.

Por isso, é importante que os mais novos ouçam os mais experientes. O problema é que o conflito de gerações, comum em todos os tempos, se potencializou, inclusive com a ideia de que as pessoas devem estar sempre “atualizadas”. A voz dos mais velhos deixou de ser a voz da experiência para se tornar a voz dos desconectados, que, por não saberem postar uma foto nem editar um vídeo, são considerados ultrapassados.

Grande engano! Precisamos aprender com Amadou Hampaté-Bâ, poeta do Mali, que afirmou: “Quando morre um idoso é como se queimasse uma biblioteca.” Foi com essas palavras que ele resumiu o valor atribuído aos mais idosos na sociedade tradicional africana, cuja principal função é transmitir às demais gerações a cultura e a sabedoria vividas em sociedade. Por isso, o grande desafio hoje é converter o coração dos pais aos seus filhos e “o coração dos filhos aos seus pais, para que Eu [o Senhor] não venha e castigue a terra com maldição” (Ml 4:6). Esse é um claro alerta para nós.