Flutuando em grandes grupos nas águas do mar, a caravela é a única água-viva que pode ser vista de longe. Parece uma boia cheia de gás, em forma de rede de caçar borboletas. Como a vela de um navio, a boia impulsiona o animal. Quando o mar está agitado, a caravela esvazia a boia e afunda em busca de águas calmas.
Os tentáculos da caravela podem ter até 50 metros de comprimento. Sensíveis ao mais leve toque, mesmo quando separados do corpo disparam dardos venenosos capazes de matar peixes e pessoas. As caravelas receberam esse nome no século 18, quando alguns marinheiros as avistaram no mar. Acharam-nas parecidas com a nau de guerra portuguesa.
Controvérsias à parte, 22 de abril ficou registrado como o dia em que Pedro Álvares Cabral avistou as terras do Brasil a bordo das famosas caravelas portuguesas. Ao aportar nas praias de Porto Seguro, Bahia, ele foi cordialmente saudado pelos índios tupiniquins:
“Timan, timan, tororé. Tuin taputá.” (Boa-noite. Estou contente de estar com vocês aqui. Sejam bem-vindos!) Calcula-se que naquela época havia entre um e seis milhões de índios espalhados em nosso país. Hoje, segundo o IBGE, existem cerca de 817 mil índios divididos em 254 tribos diferentes. Muito pouco!
Tupiniquins, guaranis, txucarramães, xavantes, ianomâmis, carajás, pataxós e outros índios brasileiros não têm muito o que comemorar no dia do descobrimento, pois foram praticamente dizimados pelos colonizadores. Para eles, não houve descobrimento, mas invasão. Os sobreviventes vivem à míngua, sem assistência de saúde e educação. A igreja romana apoiou e incentivou os crimes dos invasores, pois dizia que os índios não eram seres humanos e sim animais.
Não é isso o que a Bíblia diz. Toda a raça humana descende de um só. A ciência genética também chegou à mesma conclusão: não há diferença básica entre brancos, índios, negros e amarelos. Todos têm o mesmo código genético. Todos são filhos de Deus, mesmo aqueles povos que por certas razões se tornaram conhecidos como primitivos. Alguns conseguiram deixar essa condição, mas outros ainda vivem no atraso. Não discrimine, aceite. Não rejeite, ame.