Uma marca registrada é um nome ou símbolo que identifica uma empresa, produto ou serviço. Existem muitas marcas no mundo industrializado que são conhecidas em qualquer parte do planeta. Algumas valem bilhões de dólares, como Amazon, Microsoft, McDonalds e Shell. Outras fizeram tanto sucesso que acabaram virando sinônimo dos próprios produtos: Gillette, Xerox, Bombril, Maisena, Band-aid, entre outras.
Antigamente animais e escravos eram marcados com um ferro quente que continha as iniciais do nome do proprietário. Nos dias de Paulo, os seguidores de deuses pagãos tatuavam ou marcavam os próprios corpos, a fim de mostrar a sua lealdade às divindades preferidas. Essa prática, no entanto, era proibida pela lei mosaica (Lv 19:28).
Quando Paulo escreveu: “Trago em meu corpo as marcas de Jesus”, ele se dirigiu a uma audiência que estava enfrentando falsos mestres que aparentavam ser verdadeiros, mas destilavam falsidade em seus ensinos. Ao orientar e advertir os cristãos, Paulo mostrou que os seus ensinos possuíam a “marca registrada” de Jesus, e não dos homens (Gl 1:11, 12).
A propósito, na época de Paulo, quando um fugitivo buscava abrigo em um templo, recebia as marcas representativas do deus ou da deusa que era ali adorado, ficando, assim, protegido contra qualquer ação inimiga. É nesse contexto que Paulo afirmou possuir as marcas de Cristo. Ele era um “fugitivo” do mundo que havia encontrado refúgio nos braços de Jesus.
Mas, afinal, que marcas eram essas? Certamente Paulo se referiu às cicatrizes trazidas em seu corpo, causadas por um tratamento cruel e desumano pelo fato de seguir a Cristo (1Co 11:24-27). Açoites, apedrejamentos, fome, naufrágio, frio e uma possível enfermidade visual estavam registrados em seu corpo como um selo da sua devoção a Cristo.
E você, que tipo de marcas carrega? É de fato um seguidor de Jesus? Vive como Ele viveu? Prega o que Ele pregou? Então carregue em sua vida essa identificação. E se algum dia for necessário sofrer por Jesus, não tenha medo de dizer a quem você pertence.