Domingo
02 de julho
Até àquela manhã
Porquanto o Senhor mesmo [...] descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos [...] seremos arrebatados juntamente com eles [...] para o encontro do Senhor nos ares. 1 Tessalonicenses 4:16, 17, ARA

Era o fim de um dia quente de verão. Eu estava grávida, cansada e um pouco mal-humorada. Teddy, com 3 anos de idade, sabiamente comentou: “Eu conheço uma menininha que está cansada e com sono!” (Quem continuaria mal-humorada depois disso?) Na hora de dormir, nós nos deitávamos com ele, mamãe de um lado e papai do outro, e cantávamos canções de ninar, incluindo “Dorme, dorme, meu bebê”.

O irmãozinho Tim chegou poucos meses depois, e a cadeira de balanço e canções novas substituíram as canções de ninar. Não demorou muito, os dois meninos se tornaram adultos e nós ficamos com o ninho vazio. Vários anos após a aposentadoria, meu marido foi diagnosticado com câncer na próstata; porém, depois de um tratamento agressivo, viveu bem por mais alguns anos. Então o câncer retornou, espalhou-se pelos ossos e coluna, e ele perdeu a batalha. Todos ficamos arrasados, mas Teddy foi um grande conforto para mim, telefonando todos os domingos à noite de sua casa, no Colorado, para a minha, na Carolina do Norte, e às vezes no meio da semana. Independentemente de como tivesse sido o nosso dia, sempre achávamos algo sobre o qual rir.

Menos de dois anos após o falecimento do pai, Teddy foi informado de que também estava com câncer. Sendo uma pessoa muito reservada, e solteiro, ele não queria sequer que os familiares ou amigos da igreja soubessem. Por fim, ele me fez a confidência. Quando ficou extremamente doente, concordou em permitir que outros da família soubessem. Sua prima, Cathie, que também morava em Denver, levava bom alimento para ele. Annie, irmã de Cathie, voou de Seattle para Denver a fim de ajudar. Tim e eu voamos para o Colorado, enquanto a família de Tim foi de carro. A essa altura, Teddy estava hospitalizado em uma unidade de terapia intensiva, com o câncer espalhado pelo corpo.

A família se reuniu ao redor do seu leito hospitalar, disse-lhe que o amava, cantou hinos e citou preciosas promessas da Bíblia. Com um tubo na boca, ele não podia falar, mas ouvia e balançava a cabeça. Tínhamos orado para que ele se recuperasse, mas posso imaginar um amoroso Pai dizendo: “Eu conheço um menininho que está cansado e com sono. Vai dormir, Meu filho.” Teddy agora dorme, até que soe a trombeta e os mortos em Cristo ressuscitem primeiro. “Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares.” Então ocorrerá a cura.

Boa noite, filho. Eu o verei naquela manhã!

Mary Jane Graves