Terça-feira
25 de agosto
Atitude radical
E, se o teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno. Marcos 9:45

De vez em quando, ouço pessoas, adultas ou jovens, anunciarem seu desligamento das redes sociais. Algumas descobriram que o tempo gasto na internet roubou delas porção ainda mais preciosa, que deviam empregar em comunhão com Deus ou em atividades mais frutíferas para si mesmas, para os semelhantes e para a eternidade. Ninguém nega o valor das plataformas virtuais para interação entre amigos e familiares, comunicação em tempo real à distância, e mesmo pregação do evangelho. Ocorre, porém, que o inimigo sempre vai encontrar uma brecha para sugerir distrações ociosas, conversação vazia, desperdício de tempo e armadilhas pecaminosas. Sei de pessoas que caíram nas malhas do adversário, bem como de relacionamentos familiares que foram abalados ou mesmo partidos por causa de comportamentos pecaminosos que ele ofereceu, inicialmente com a promessa de falsa segurança, sigilo e anonimato que somente ele sabe forjar.

No entanto, as redes sociais não são os únicos perigos que se interpõem entre nós e Deus. Há os perigos dos relacionamentos impróprios, pecados acariciados, entre muitos outros. Para nosso bem, Jesus Cristo recomendou que nos submetamos a uma cirurgia radical: mutilação de qualquer coisa que tenha o potencial de impedir nossa salvação.

Em seu quarto discurso no evangelho de Mateus, inicialmente Ele adverte contra o perigo de se causar escândalo a quem quer que seja, pois os resultados podem ser eternamente fatais. Isso o mundo faz com naturalidade; não quem é nascido de novo e vive no reino espiritual da graça. E, caso ainda haja consciente ligação com qualquer causa indutora ao pecado e escândalo, este é o momento de renovação. Sejam radicalmente descartadas, pessoas ou coisas que se interponham entre o cristão renascido e seu Deus.

Sendo assim, é melhor seguir preventivamente o conselho de Charles Spurgeon: “Não manche seus dedos que logo tocarão as cordas celestiais. Não permita que seus olhos, que em breve verão o Rei, cheguem a ser janelas da concupiscência. Não permita que seus pés, que brevemente andarão pelas ruas de ouro, sujem-se em lugares lamacentos. Não permita que seu coração, que dentro em pouco se encherá do Céu e explodirá de alegria, encha-se de orgulho e amargura” (Dia a Dia com Spurgeon, 11 de setembro de 2016).