Eu e meu esposo estávamos servindo como missionários. Mas, quando chegou o período de renovar os vistos, algo inesperado aconteceu. Por um equívoco, nossos filhos de 9 e 12 anos foram cadastrados com o status de “missionários” e não como “filhos de missionários”. Resultado: o governo daquele país negou a renovação do visto deles. Foi-nos dito que seria providenciado um novo processo para regularizar a situação. Esse problema se estendeu por muitos meses, o que me deixou realmente chateada.

O fim do ano chegou, e saímos de férias. Tínhamos esperança de que nossa situação estaria resolvida quando voltássemos, pois a pessoa responsável pela emissão de vistos no governo nos falara que podíamos viajar tranquilos e que tudo daria certo quando retornássemos. As férias estavam terminando, e o visto das crianças ainda não havia sido concedido. Então nos pediram para que ficássemos no Brasil até que a situação fosse resolvida. Apesar de frustrados, acatamos a solicitação.

Três dias depois, minha filha começou a vomitar e a passar mal. Nós a levamos ao hospital, e os médicos disseram que era somente uma virose. Como Deus estava me impressionando, sugeri que poderia ser apendicite e solicitei que fizessem exames. Não foi possível ver o apêndice dela nos exames. Os médicos disseram que ela não tinha apendicite; porém, mesmo assim, pedi ao cirurgião que a avaliasse. Depois de lhe contar minha história, ele me disse que minha filha não deveria estar com apendicite, mas que faria a cirurgia mesmo assim. Como tinha convicção de que ela estava com apendicite, consenti com a cirurgia.

Minha filha estava piorando com o passar do tempo. Então solicitei ao médico um adiantamento da cirurgia, e assim foi feito. Após operá-la, ele saiu da sala desesperado para falar comigo: “Seu Deus cuida mesmo de vocês. Não pensei que ela estivesse com apendicite, mas se ela esperasse mais um pouco o apêndice dela teria estourado. Foi um milagre.”

Deus havia permitido um atraso na concessão do visto para que minha filha tivesse acesso a um bom hospital. Se tivéssemos retornado ao país onde estávamos morando, ela poderia ter morrido. O visto saiu exatamente um dia depois de ela ter alta do hospital. Deus é bom o tempo todo. Nunca duvide!

Tania Mara Cendofanti Fritoli