Quando a Bíblia afirma que nosso coração é enganoso, significa que não podemos confiar em nós mesmos. As coisas que afirmamos ser talvez não sejam do jeito que gostaríamos que fossem. Achamos que somos verdadeiros e sinceros quando, na verdade, somos vítimas de nós mesmos, justamente porque não conhecemos nossas reais intenções.
Não nos conhecemos e corremos o risco de viver para nos agradar, sob um manto de egoísmo velado. Quando tomamos consciência dessa realidade, parece que ser bom se torna mais difícil. Como poderei saber se determinado ato que pratiquei foi por uma intenção legítima ou se fui vítima de um coração enganoso?
A Bíblia afirma que nossa justiça não passa de “trapo imundo” (Is 64:6). Essa é uma afirmação muito forte. Ela nos faz pensar que, quando julgamos alguma coisa, podemos estar fazendo isso por motivos errados. Então como saber se minhas intenções são honestas e minhas palavras são sinceras? A resposta aparentemente não é muito animadora, pois quanto mais perto de Cristo estivermos, mais impuros seremos aos próprios olhos.
A alternativa é viver de acordo com a vontade de Deus, em constante companheirismo com Ele, priorizando Sua vontade e oferecendo-Lhe a primazia em tudo o que fazemos. Então o Senhor vai nos dirigir, e nossos atos serão puros e aceitos por Ele. Você deseja isso em sua vida? O segredo está em atingirmos o ponto de maturidade espiritual em que possamos dizer: “Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20).
Quando formos a expressão visível de Jesus, as pessoas com as quais entraremos em contato perceberão que temos andado com Ele porque, em vez de manifestar desprezo, inveja ou preconceito, estaremos respeitando-as e amando-as como irmãos e irmãs no Senhor.