Quarta-feira
24 de maio
Bem escrito
Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança. Romanos 15:4

Estou empenhada em uma batalha pela morte… do entulho. É incrível a quantidade de coisas que você pode acumular em mais de 30 anos de vida conjugal, particularmente se você nunca precisou reduzi-las durante uma mudança. Outro dia, enquanto estava selecionando, descartando e organizando, encontrei uma caixa repleta de cartas que meu esposo e eu havíamos escrito um para o outro enquanto namorávamos.

Lendo-as, não pude deixar de me perguntar o que nossos filhos pensariam se as encontrassem em nossa propriedade (assim como ela é), daqui a anos. Consideradas por essa perspectiva, as cartas eram constrangedoras. Mesmo assim, elas me fizeram lembrar de coisas que eu tinha esquecido, sentimentos que enfraqueceram ou mudaram através de um casamento de longos anos. Não que nosso amor tenha morrido; ele simplesmente cresceu e amadureceu. Não é o ímpeto estonteante, irrealista, daqueles primeiros tempos, já que, honestamente, aquelas cartas me fizeram enrubescer!

Do mesmo modo, aquelas cartas são uma espécie de pedra de toque do amor que partilho com meu esposo, assim como a Palavra de Deus é a pedra de toque do amor que Deus nutre por nós. Ele não pretende que ela permaneça em uma prateleira ou sobre uma mesa, juntando pó. Ele deseja que a leiamos, a fim de que possa interagir conosco por intermédio dela. Pode usá-la para reavivar nossa memória, para nos aconselhar, para nos encorajar e guiar. A Bíblia é a Palavra viva, ativa, de Deus, e Ele fala conosco por meio dela. No entanto, Ele só pode fazer isso se nos expusermos a ela. Se escondermos Suas palavras no coração, Deus pode trazê-las à tona mesmo quando não tivermos a Bíblia diante dos olhos.

Vendo que Deus fala tanto comigo por meio da Sua Palavra, comecei a fazer anotações nas margens das passagens sublinhadas para me lembrar de situações ou orações específicas que foram respondidas por esses versos. Encontro-as casualmente, ao procurar textos durante um sermão, por exemplo, e me recordo repetidas vezes de como Deus cuida de mim e de quão envolvido Ele está na minha vida.

Bem, se alguém encontrar essas “cartas” depois que eu partir, saberá o quanto Deus me ama.

Céleste Perrino-Walker