“Benigno” é alguém amável, delicado, cortês e gentil. É o oposto de um indivíduo desagradável, rude e grosseiro. Há nas Escrituras diversos exemplos de pessoas que, por meio de suas ações, manifestaram a amabilidade que havia em seu coração. Examinemos um deles, no Antigo Testamento. Em 1 Samuel 25, encontramos um casal com essas características. A esposa era gentil; o marido, intratável. Ele se chamava Nabal, e ela Abigail. Nabal, cujo nome significa “insensato”, é descrito como alguém muito rico, possuidor de rebanhos e servos, mas “grosseiro e mau em tudo o que fazia” (v. 3). Na visão de seus servos e de sua esposa, era um “homem maligno” (v. 17, 25), ou seja, alguém desprezível.Certa vez, quando Davi era apenas um fugitivo, ele acampou com seus homens, durante várias semanas, nas proximidades da fazenda dessa família. Naqueles dias, eles ajudaram a proteger os rebanhos de Nabal de animais ferozes e de ladrões. Respeitaram a propriedade alheia, nunca tocando em nada do patrimônio daquele rico fazendeiro.
Tempos depois, em uma ocasião de muita prosperidade para Nabal, mas de necessidade para os homens de Davi, eles solicitaram alguma ajuda na forma de alimento, mas Nabal, além de se recusar, aos gritos, fez pouco caso de Davi e de seu grupo. Quando Davi soube do ocorrido, reuniu seus homens e dirigiu-se à casa de Nabal com a intenção de exterminar aquele homem e seus servos. Felizmente, um dos servos contou a Abigail o que aconteceria.
Essa mulher sábia rapidamente providenciou alimento para Davi e seus homens e o enviou por meio de seus criados como um presente. Pouco depois, ela mesma foi ao encontro de Davi. Mediante suas ações e palavras, conseguiu impedir um grande massacre. O relato a descreve como uma mulher “inteligente” (v. 3), que agiu com “prudência” (v. 33). De fato, ela agiu com prontidão, foi humilde, assumiu a culpa e, com benignidade, desviou a ira de Davi e salvou muita gente.
Sejamos, hoje, benignos em todos os nossos relacionamentos. Desse modo, poderemos ser uma bênção para outros.