Sexta-feira
22 de fevereiro
Bicho raivoso
Os que amam a Tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar. Salmo 119:165

Nas águas quentes e rasas do oceano, o conus encontra o ambiente ideal para viver. Esse molusco é um caramujo de concha ornamentada com listras marrons e amarelas. À noite, o conus se arrasta vagarosamente sobre os corais. Ele se alimenta de peixes, vermes e pequenos moluscos.

Ao avistar uma presa, o conus lança sobre ela sua língua armada com 20 ou mais dentes. Eles são ocos e cheios de veneno. De dentro do dente, sai um dardo pontiagudo que penetra a carne da vítima. Como se estivesse espetada por um anzol, o conus a arrasta e engole inteira. Apesar de muito bonito, o conus não admite brincadeiras. Todo cuidado é pouco, pois ao mais suave toque ele ataca. O veneno do bicho é tão forte que provoca parada respiratória e pode matar uma pessoa. Ninguém deve tocar nesse molusco sem antes proteger as mãos.

O sapo intanha, deselegante e esparramado, é outro bicho raivoso. Do tamanho de um punho, ele tem olhos amarelados, sob duas saliências projetadas como pequenos chifres. Sua marca registrada é a zanga. Os acessos de ira parecem ter o objetivo de espantar o inimigo. Da ameaça, ele parte ao ataque com guinchos e dentadas. Dizem até que o sapo intanha chega a estourar de raiva.

Ao ficar sabendo que uma pessoa que você considerava um grande amigo fez ou disse alguma coisa que traiu sua amizade, o normal é sentir muita raiva – e com razão. Afinal, não somos feitos de celulose, e o fato de sermos cristãos não deve nos levar a perder a capacidade de reagir. Mas isso é saudável até certo limite. Não é bom deixar que a raiva se transforme em ira e rancor. Esses sentimentos provocam grandes descargas de adrenalina no organismo. Essa substância acelera as batidas do coração e aumenta a pressão do sangue, provocando estresse e outras doenças.

Os que amam a lei de Deus têm muita paz, e quem tem a paz de Deus no coração entrega nas mãos Dele suas raivas e mágoas. Assim recebe forças para não revidar e não ficar magoado. Se pudéssemos ser menos sensíveis quando algo ruim nos acontece, viveríamos mais contentes. É bom não esperar demais das pessoas! Não significa viver como se não houvesse esperança, mas viver com os pés no chão. A gente sofre menos. No mundo, muitas coisas desagradáveis podem acontecer. Jesus sabe disso. Ele conhece nossos limites e nos ajuda a vencer.