Em uma palestra aos alunos do ensino fundamental, mencionei o exemplo de um amigo muito interessante. Ele tem um comportamento exemplar. Sempre sorridente, jamais falou um palavrão. Ele não cola nas provas, não briga, não dorme nem conversa nas reuniões da igreja.

Como era natural, os alunos começaram a arregalar os olhos mostrando um crescente interesse na história. Então acrescentei: “Para não deixar vocês curiosos, eu trouxe esse amigo hoje. Ele está bem aqui atrás, nessa sala ao lado.” Coloquei uma cadeira no centro do palco para uma entrevista e perguntei ao grupo: “Vocês querem conhecê-lo?” “Sim!”, responderam. “OK, vou buscá-lo.” E a criançada não se continha.

Voltei com meu curioso amigo: um boneco enorme. Dei um jeito de acomodá-lo na cadeira e me dirigi aos alunos: “Como eu disse a vocês, este garoto é fenomenal”, e pedi a todos que fechassem os olhos. Livre dos olhares, fui até meu amigo e disse: “Amigo, agora que ninguém está nos vendo, fume um cigarro!” Nada aconteceu. “Veja essas imagens proibidas, ninguém está nos vendo.” O boneco continuava imóvel. Fiquei irritado e dei um tapa nele. Ele não reagiu nem me bateu de volta. Após essa exibição de “fidelidade aos princípios cristãos”, voltei-me vitorioso para os garotos e disse: “Que beleza, não é mesmo? Este meu amigo não bebe, não fuma, não diz palavrão, não vê nada indecente, não se irrita nem revida. Ele não faz nada de errado. Ele é um perfeito cristão, vocês não acham?”

A aplicação foi simples: Será que pensamos ser bons cristãos simplesmente porque deixamos de fazer certas coisas? Nesse caso, esquecemos que ser cristão é resplandecer. Ser cristão é testemunhar. Deus quer que ofereçamos a Ele um culto racional, que defendamos nossos princípios e, acima de tudo, que amemos o próximo como a nós mesmos. Deixe sua luz brilhar ativamente hoje revelando seu amor por Jesus e pelo próximo. Uma coisa podemos afirmar com toda a certeza: bonecos não vão para o céu porque bonecos não fazem nada.