A beleza das borboletas é o seu cartão de visita. Azuis, amarelas, esverdeadas, negras, vermelhas, malhadas, cintilantes. E a rabo-de-andorinha é de encher os olhos! Ela tem esse nome porque suas grandes asas traseiras, quando abertas, lembram a cauda de uma andorinha. No mundo todo, existem cerca de duas mil espécies de borboletas rabo-de-andorinha. Até no Himalaia, a dois mil metros de altura, ela já foi encontrada. Só tem um detalhe: passarinho que tenta usá-la como almoço se dá mal. O que ela tem de bonita tem de amarga. Isso acontece porque sua lagarta se alimenta de arruda, uma planta de folhas amargas.
Orlan, uma artista francesa se submeteu a uma série de cirurgias plásticas para esculpir seu rosto progressivamente. O objetivo era criar a mais perfeita forma feminina, com os traços de algumas mulheres famosas. Em 2017, uma iraniana identificada como Sahar Tabar, obcecada pela ideia de se tornar mais parecida com uma atriz famosa, passou por várias cirurgias plásticas. Para muitos, tudo o que a moça conseguiu foi ficar semelhante a uma personagem de desenho animado de terror.
Tem gente que acha que é bonita e despreza as pessoas que não correspondem ao seu padrão pessoal de beleza. Mas o que é bonito para um pode ser feio para outro. Em certas sociedades, a mulher obesa é a mais bonita. Em outras, é a magra. As mulheres de certas tribos africanas usam argolas para esticar o pescoço o máximo possível. Quanto mais pescoçuda, mais atraente. A beleza externa pode esconder a feiura interna, e nem sempre o que é bonito é doce. A borboleta rabo-de-andorinha é linda e amarga. Saul era bonito, mas foi um péssimo rei. Não significa que o belo não presta, mas deixar-se guiar apenas pela beleza, especialmente quando se trata de pessoas, é que não é bom.