Quinta-feira
18 de julho
Caminho de peixe
Eu sei, Senhor, que a vida do homem não lhe pertence; não compete ao homem dirigir os seus passos. Jeremias 10:23

Além de respirar dentro d’água, os peixes têm uma incrível capacidade de equilíbrio aquático. Para ficar parados, eles nadam em direção oposta à correnteza, competindo com a velocidade da água. Alguns peixes, como é o caso do atum, se deixam levar pelas correntes. Eles fazem um giro pelo Atlântico Norte no sentido dos ponteiros do relógio, e se não sofrerem algum acidente durante a viagem, voltam ao ponto de partida.

Peixes grandes, como os tubarões, têm sua força propulsora a partir da cauda. Já as barbatanas, semelhantes às asas de um aeroplano, servem como estabilizadores. Nadar e voar tem algumas semelhanças: um objeto mais pesado do que o ar só permanece nas alturas se for sustentado por um motor em movimento. O tubarão só consegue vencer a tendência de afundar se estiver nadando. O focinho achatado, as nadadeiras dianteiras e a cauda, que funciona como um motor, é que o fazem flutuar.

Alguns peixes são semelhantes a balões, pois têm bolsas de ar internas, que os mantêm flutuando, mesmo que estejam parados, sem nadar. Os teleósteos fazem parte desse time. Ao contrário dos tubarões, que precisam manter as barbatanas abertas, na horizontal, conseguem fazer manobras “radicais” com as barbatanas dianteiras bem fechadas e unidas ao corpo, enquanto avançam para a frente. Para um teleósteo mudar de rumo e virar de um lado para o outro basta abrir a barbatana direita ou a esquerda. Ele faz isso quase em 90 graus e vira rapidamente. Já os tubarões precisam fazer grandes voltas quando decidem mudar de rumo.

Pode acontecer, em algum momento de nossa vida, que precisemos fazer algum tipo de manobra radical para mudar. Pode ser uma ideia fixa ou um hábito. Algumas pessoas têm a facilidade de guinar como um teleósteo; outras, como o tubarão, precisam dar uma volta maior para fazer a mesma coisa. Mudar de rumo não é fácil, porque o problema é fazer isso e depois permanecer no caminho. Uma famosa placa de trânsito informa: “Na dúvida, não ultrapasse.” Só há uma maneira de ser bem-sucedido na vida: deixando que Deus construa o nosso caminho, pois “há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte” (Provérbios 14:12).