Após ter estudado praticamente a vida inteira em escolas públicas, eu tentava ser aprovado no vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo. Minhas chances eram improváveis. Eu trabalhava o dia inteiro. À noite, frequentava um cursinho gratuito para a comunidade. Decidi que enfrentaria esse desafio pela fé. Enquanto grande parte dos concorrentes usaria a camisa de seus cursinhos pré-vestibulares famosos nos dias de prova, eu escolhi vestir a camisa de uma semana de oração jovem. Ela estampava a frase “Quando Deus comanda” acima da imagem de Jesus segurando o timão de um navio no meio de um mar turbulento.
A primeira fase do vestibular eram três dias de questões objetivas. Depois da primeira prova, fui para casa com a sequência de questões que havia marcado e esperava ansiosamente o gabarito oficial no rádio.
Quando o locutor terminou de falar quais eram as alternativas corretas, eu somei meus acertos, e o resultado era uma tragédia. Os amigos e familiares, com gentileza, tentaram me confortar e me preparar para o fato de eu não ser aprovado. No entanto, aquela era a primeira batalha. Na fase objetiva, ainda havia dois dias de luta.
Acordei no meio da noite, caí de joelhos e abri a Bíblia na carta do rei ímpio Senaqueribe para o rei Ezequias, de Judá, na qual zombava de Deus e declarava que exterminaria o povo de Jerusalém. O relato diz que Ezequias entrou no templo do Senhor com aquela carta terrível na mão e a apresentou diante de Deus. O resultado dessa história é que o exército de Judá não precisou lutar. O Anjo do Senhor derrotou sozinho os assírios para defender seu povo.
Com isso em mente naquela madrugada, entrei pela fé no templo de Deus, tendo em minhas mãos literalmente o caderno de provas do primeiro dia, que era a “carta” amedrontadora que eu havia recebido. Chorei diante de Deus as lágrimas que havia engolido na frente dos amigos. Clamei por uma intervenção divina, e que o Pai me acalmasse e me lembrasse do que havia estudado.
De manhã, lá estava eu para mais uma batalha, com Jesus no peito e a frase “Quando Deus comanda” estampada no coração. O Senhor venceu a guerra por mim e me colocou na universidade. Por isso, posso dizer: Se o inimigo lhe enviar alguma “carta” terrível não demore em apresentá-la com fé diante Deus. Faça isso e fique tranquilo. Ele assume a luta e vence por você.