Segunda-feira
07 de fevereiro
Castidade
Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus? Gênesis 39:9, ARA

A abstinência sexual tanto pode ser uma prova de amor quanto de falta de amor. Vou explicar. Em circunstâncias normais, negar sexo continuamente dentro do casamento demonstra desamor. Evitá-lo na vida de solteiro e de viúvo é sinal de autorrespeito e de devoção a Deus. Há, porém, pessoas como a mulher de Potifar que entendem a relação sexual meramente como necessidade física movida pelo desejo, nada mais. Pessoas assim terão problemas ao encontrar outras que pensam de maneira diferente, como José. Para ele, pecar contra a castidade era pecar contra Deus, além de ofender e humilhar quem se envolve com a pessoa infiel. Para José, os pecados secretos eram tão graves quanto quaisquer outros. No entanto, para a mulher de Potifar não existia a noção de pecado, só uma ideia egocêntrica de “ser feliz”.

A atitude de José não só contrasta com a da egípcia, mas também com a de Judá, seu irmão. A narração da história de José, no Gênesis, é bruscamente interrompida pelo capítulo 38, que conta como Judá e seus filhos, vivendo entre os cananeus, tiveram uma vida sexual desastrosa, marcada por escolhas questionáveis, cheias de consequências ruins. A pureza e simplicidade de José também contrastam com a atrevida decisão do irmão mais velho, de levar para a cama a mulher do próprio pai (Gn 35:22). Nada escapa aos olhos de Deus.

A história de José nos ensina que não somos escravos de nossas emoções. Não precisamos repetir os erros de nossos familiares. O alívio e o prazer do sexo fácil não são melhores que uma consciência limpa perante os outros, para consigo mesmo e diante de Deus. A história da egípcia nos mostra que a mentira traz graves prejuízos. Há gente que não merece os privilégios que tem, vive de modo individualista e pode massacrar qualquer um, inclusive aqueles por quem sente atração. A de Judá nos conta que o arrependimento é o melhor caminho para, na medida do possível, reparar os erros cometidos. Arrepender-se e emendar-se não é algo vergonhoso! É motivo de honra. Com certeza, atrai os aplausos do Céu. E você? Prefere ser aprovado, em silêncio, por Deus ou acariciado, na surdina, por quem não se importa de verdade com você? Decida. O seu presente e o seu futuro podem depender dessa decisão.