Vivemos em uma época na qual as incertezas e exigências afetam tremendamente a nossa vida. Em meio às pressões do dia a dia, muitas pessoas têm perdido o sentido, o rumo e até a identidade.
Talvez você já tenha visto alguns andarilhos percorrendo as estradas, errantes, tentando encontrar o desconhecido. A psiquiatria chama essa doença de mania deambulatória, ou dromomania. Tudo que essas pessoas de cabelos desgrenhados carregam são o que chamam de “gogó de ema”, um saco contendo uma muda de roupa, um plástico para se protegerem da chuva ou forrar o chão para dormir, a “cascuda” (vasilha para colocar comida), a “pá” (colher para comer) e uma garrafa com água.
Os dromômanos são indivíduos que romperam com todos os relacionamentos e assumem o nomadismo como forma de viver. Tudo é transitório na vida de um nômade: os objetos que usa, os lugares por onde passa e as pessoas com quem mantém contato. Muitos se desfazem até dos documentos pessoais, considerados inúteis. Não é raro encontrá-los tendo delírios e visões.
Esses andarilhos sofrem de forma mais intensa o que muitas pessoas no mundo enfrentam: crise de identidade. A quem pertencemos? Somos amados de verdade? Qual é o sentido da vida? Felizmente o quarto mandamento do Decálogo responde a essas questões. Ele mostra a nossa “cédula de identidade”, nossa origem e propósito, além de revelar o verdadeiro significado da vida humana.
Você não é fruto do acaso, de uma explosão cósmica ou da “seleção natural das espécies”. Você é criatura de Deus. A Bíblia diz que “em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou” (Êx 20:11). Após criar o ser humano, Deus fez o sábado como um refúgio físico, mental e espiritual para os Seus filhos.
O quarto mandamento mostra que somos propriedade do Criador e também a Sua prioridade. Não estamos vagando neste mundo atrás de um pai inconsequente que abandonou os filhos. Pelo contrário, Deus nos chama a um encontro pessoal e especial com Ele. Realmente o sábado é um ótimo remédio para a autoestima!