Vivemos em uma sociedade que deseja ser servida. Contratamos empregadas domésticas, babás e jardineiros. Gostamos do atendimento drive-thru e de que outros carreguem nossas compras e abasteçam nosso veículo. Por querermos ser espertos no trabalho, em vez de trabalhar duro, inventamos máquinas que façam o trabalho por nós ou que façam o trabalho pesado. Raramente paramos para servir aos outros ou mesmo para notar o valor de ações serviçais em nosso favor. Deus, no entanto, não veio para ser servido, mas para servir. Então, o que nos torna “maiores” que Deus? O que nos leva a esquecer aquilo que o Filho do homem foi chamado a fazer?
O servir vai contra a nossa cultura. Vai contra nossa natureza pecaminosa. Quem, na verdade, quer levantar-se às três da manhã para atender uma criança febril, limpar a bagunça, trocar a fralda e acalmá-la para que volte a dormir? Assim, apesar das nossas camas confortáveis, a maioria de nós escolhe pisar no chão do quarto, deixar de lado o cobertor quentinho e servir a nossa criança. Por quê? Porque nós a amamos. Ela nos pertence. Se ela sofre, nós sofremos.
Deus fez o mesmo por nós. Embora pudesse ter nos deixado por conta da autodestruição, Ele escolheu – como Pai amoroso que é – suportar nossos febris clamores, limpar nossa bagunça e nos aliviar deste mundo terrível.
A única cura para seres caídos é o Filho do Homem, que Se fez servo de um mundo que alega não precisar Dele. De um mundo que não consegue olhar para além do próprio egoísmo, a fim de reconhecer que o Criador e Salvador esteve aqui, esperando para servir a este mundo de um modo muito maior do que este seria capaz de compreender. Ele veio para nos tirar de nossos desejos egoístas, cobiçosos, para vermos a bondade de Deus, contar Sua história e
– o mais importante para nós – nos guiar no serviço.
“Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros” (1 Pedro 4:10). Se escolhermos obedecer e usar nossos dons para servir a Deus servindo os outros e contando Sua história, Deus cumprirá Sua promessa: “[Minha palavra] não voltará para Mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei” (Isaías 55:11). Nós, a Igreja – Seu corpo de crentes – somos Sua palavra neste mundo caído. Nós contamos a história; damos a mensagem. E, se nos concentrarmos em obedecer e em compartilhar essa mensagem, Deus fará o restante.
Raquel Carrera