Todos os verões, no dia 4 de julho, um piquenique acontece em nosso quintal. Meu esposo, Norman, gosta de trabalhar ao ar livre, e seus esforços se refletem em um carpete verde de grama, que suavemente desce até um riacho, com as margens perfeitamente conservadas. A sombra das árvores convida os visitantes a relaxar e se tranquilizar. Há numerosos arbustos, canteiros de flores e uma horta – festa para os olhos. É um lugar muito aprazível onde passar algum tempo, e nós gostamos de partilhá-lo com nossa família da igreja.
Os planos para esse piquenique foram cuidadosamente feitos e executados. Planejei o cardápio e adquiri festivas toalhas de mesa e acessórios. Planejamos um programa, que incluía números musicais, poemas, uma breve palestra patriótica a cargo do nosso pastor, e brincadeiras. Uma corrida por uma estradinha próxima também foi planejada. Devia ser um dia agradável para todos nós!
O dia do piquenique amanheceu sombrio, e meu esposo predisse chuva depois de assistir à previsão no Canal do Tempo. “Seria bom você planejar a mudança para dentro de casa; a chance de chuva é de 70 por cento”, aconselhou ele. No ano anterior, tivemos que ir para dentro, mas o piquenique do dia 4 de julho não deve ser ao ar livre?
A barraca já estava molhada a ponto de gotejar, a grama estava úmida e o céu, ameaçador. Meu ânimo, porém, negava-se a ficar abatido. “O Senhor nos mandará o tempo que Ele deseja que tenhamos”, eu dizia, frequentemente. O meio-dia não revelou um tempo mais claro, e por volta das 3 horas da tarde meu esposo insistiu para que planejássemos o piquenique dentro de casa. Às 4 horas, uma amiga chegou para me ajudar, e eu a instruí a levar as coisas para fora. Ela olhou para mim com um ponto de interrogação no rosto, mas fez como eu havia pedido. Ao se aproximar o horário do início, 5 horas da tarde, o sol começou a espiar pelo meio das nuvens. Depois ele apareceu inteiro, secando rapidamente as coisas, o suficiente para que nosso piquenique fosse realizado ao ar livre, onde eu planejara que fosse, e pelo qual havia orado.
As pessoas começaram a chegar com suas cadeiras de jardim e com alimento, e meu sorridente esposo as conduzia ao pátio ainda úmido. Estávamos todos sentados em círculo, na expectativa, quando o pastor Tom chegou. Olhou para o sol brilhante e disse: “Alguém esteve orando; a chance de chuva para hoje é de 70 por cento.” Apenas sorri, e disse um silencioso Muito obrigada a Deus, que respondera à minha oração de fé, mudando o tempo, de chuvoso para ensolarado, para o nosso piquenique de 4 de julho!
Rose Neff Sikora