As cicatrizes são marcas que a resiliência esculpe no corpo; são o resquício de feridas que, em outro tempo, estiveram abertas – sangravam, doíam e tiravam a paz de todo o organismo, de tal forma que os pensamentos tinham dificuldade de se desviar da dor. Com o tempo, a dor foi diminuindo, o sangramento estancou e a região ficou inflamada. Pouco a pouco, o próprio corpo foi capaz de fechar a lesão, mas não perfeitamente. A cicatriz permaneceu como testemunha do ocorrido.
A batalha que Cristo travou neste mundo deixou marcas em Seu corpo santo. Após ressuscitar, Ele apresentou Suas cicatrizes a Tomé como prova de que estivera no sepulcro (Jo 20:27), mas rompera “os laços da morte, porque era impossível que a morte O retivesse” (At 2:24).
As cicatrizes em Suas mãos, em Seus pés e em Seu lado são as marcas da vitória. Cristo escolheu não abrir mão delas. Embora seja Deus, não se envergonha de exibir as injúrias causadas pelas criaturas que veio salvar.
Toda cicatriz conta uma história. Cristo permanecerá com as Suas como memorial eterno de Seu amor sacrifical. Ele não hesitou em Se doar completamente para salvar os indignos. Entregou-Se para resgatar aqueles que eram prisioneiros do pecado e da morte.
Por ter sofrido tanto, Cristo é capaz de simpatizar com os nossos sofrimentos. Ele experimentou as dores e a maldade deste mundo em um grau que nenhum ser humano jamais experimentará.
Se você tem feridas abertas ou se suas cicatrizes ainda doem e lhe trazem à memória tempos difíceis, lembre-se de que há Alguém no Céu capaz de curá-lo. Quando Ele realizar Sua obra em você, suas cicatrizes deixarão de ser sinais de sofrimento e se tornarão marcas de vitória em Cristo.