Domingo
28 de julho
Colaboradores
E nós, na qualidade de cooperadores com Ele, também exortamos a que vocês não recebam em vão a graça de Deus. 2 Coríntios 6:1

Durante séculos, certas funções na igreja foram institucionalizadas, gerando estereótipos ou valores de classe. Ninguém duvida de que há necessidade de pastores, anciãos, diáconos, diretores de jovens ou de ministério pessoal, mas o que acontece com o restante da congregação? Teriam esses irmãos e irmãs assumido uma atitude de passividade? Não é esse o conceito que o Novo Testamento apresenta do membro da igreja. E é por isso que não cessa de enfatizar sobre os dons e talentos com os quais o corpo de Cristo é constituído. Todos temos algo para dar. 

Uma função que parece franquear a todos nós a oportunidade de ser ativos é a de colaborador. Em muitos textos do Novo Testamento, sobretudo os de Paulo, essa função aparece, e sempre com notável relevância. Em algumas ocasiões os colaboradores são chamados de “conservos” (syndoulós) e, em outras, de “cooperadores” (synergós), denotando apoio e trabalho conjunto. Filemom, Tito ou Epafrodito tiveram essas responsabilidades, apresentaram a mensagem e ajudaram as pessoas. Priscila e Áquila eram tão comprometidos em colaborar que chegaram a arriscar sua vida por Paulo (Rm 16:3, 4). O próprio apóstolo chegou a afirmar que o nome de cada um de seus apoiadores estava escrito no Livro da Vida (Fp 4:3). Alguns eram famosos, como Apolo; outros eram humildes, como Clemente. E havia os que tinham que ajustar suas relações, como Evódia e Síntique, bem como os que apostavam nos perdidos, como Barnabé. Todos, no entanto, tinham um objetivo em comum. 

Para Paulo era muito importante fortalecer e animar a fé dos irmãos (ver 1Ts 3:2). Ele não incentiva seus leitores a julgar, rotular ou punir. Talvez porque esses últimos verbos sejam função unicamente Daquele que pode ler as intenções do coração e compreender cada contexto. Além disso, parece-me que já há trabalho de sobra quando nos dedicamos a fortalecer e animar os nossos irmãos na fé, não acha? 

A igreja é um projeto de companheirismo e colaboração. Devemos apoiar e fortalecer uns aos outros. Essa é a atmosfera do Céu e da nova Terra. Todos somos igreja, todos somos necessários. Portanto, mexa-se e colabore!