Na antiguidade, homens sábios começaram a buscar explicações naturais para o que viam ao redor. Eles começaram a questionar as crenças mitológicas e, por meio da razão, chegaram a algumas conclusões sobre a existência de Deus. Alguns deles entenderam que deveria existir um “Deus”, princípio de tudo, causa que dá ordem à totalidade.

Platão, por exemplo, defendia que a divindade não poderia ser encontrada pelos sentidos humanos. Ele acreditava que “Deus” era perfeito e puro demais para que os seres humanos pudessem conhecê-Lo, entendê-Lo e senti-Lo. Para o filósofo, qualquer compreensão sobre “Deus” seria obtida pela “alma”, ente imaterial independente do corpo, e pela razão. A divindade, portanto, era uma questão de pensamento, não de sentidos.

À parte do pensamento filosófico sobre Deus, o que as Escrituras Sagradas ensinam sobre Ele? Não há maneira melhor de conhecê-Lo do que estudando a revelação que Ele fez de Si mesmo. É verdade que o Senhor Se revela por meio da criação, e o estudo racional da natureza indica uma ordem que demanda um Organizador. Mas, em Sua revelação especial, a Bíblia, temos uma imagem de Deus em alta definição – Jesus Cristo.

Na pessoa de Cristo, temos a revelação visível e tangível de Deus. O que outros dizem sobre Deus, mesmo que pareça ser lógico e convincente, não passa de mera especulação se não tiver como base o que a Palavra diz a respeito Dele.

A Bíblia afirma que Deus é um Ser pessoal, amigo, interessado nos detalhes de nossa vida, bem como nos grandes problemas com os quais lidamos. Quando enviou Seu Filho ao mundo, o Pai demonstrou Seu desejo de estabelecer um relacionamento com a humanidade. Ele usa diferentes maneiras para revelar Sua vontade, mas Jesus é a única revelação plena de Seu caráter (Hb 1:3). Olhando para Cristo, podemos verdadeiramente conhecer a Deus, pois Ele diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim” (Jo 14:6).