Segunda-feira
03 de agosto
Como podemos ser bons?
Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês. Mateus 7:11

Na Bíblia, existe uma distinção óbvia entre bondade e maldade. Jesus afirmou que só Deus é bom (Mc 10:18). E Ele deixou claro que existem indivíduos bons e maus (Mt 5:45). Podemos ter um currículo cheio de atos louváveis, mas a bondade não faz parte de nossa natureza.

Via de regra, a Bíblia diz que a humanidade é inerentemente má. Podemos ver a maldade imperando em nosso mundo. Desde pequenos, demonstramos uma inclinação para o mal. Nem a boa educação pode resolver isso.

A bondade é uma virtude exclusiva de Deus. O que fazemos de bom pelos outros não é fruto de nossa natureza. Quando comparados ao padrão absoluto do amor divino, todos os nossos atos de bondade têm uma motivação egoísta.

Dostoiévski escreveu um livro sobre o tempo que passou em um campo de concentração na Sibéria. Alguns dos piores criminosos da Rússia estavam encarcerados lá. Aqueles homens haviam cometido crimes terríveis e odiosos. Mesmo assim, Dostoiévski percebeu como, às vezes, aqueles homens eram capazes de demonstrar algumas atitudes gentis e bondosas. A lição é que até mesmo os piores homens podem praticar atos amáveis, mas jamais conseguem manter uma atitude constante de amor. Ninguém consegue sem Deus.

A bondade é um dom de Deus, um fruto do Espírito (Gl 5:22). Em Sua graça, Deus nos regenera e nos dá uma nova natureza. Assim, recebemos poder e desejo de fazer o bem. Ele faz mais do que nos transformar de dentro para fora; Deus nos faz crescer. Em parceria com o Espírito Santo, pedindo a Ele, a cada dia, que nos encha com Sua bondade, podemos nos tornar semelhantes a Cristo.

Podemos ser eventualmente bons, mas nossa tendência não é essa. Somente recebendo a Cristo no coração e permitindo que Ele nos transforme dia a dia, a bondade de Deus será uma realidade constante em nós.