Comunhão é um conceito poderoso e muito importante para o desenvolvimento espiritual. Do grego koinonia, essa palavra significa literalmente “o que é comum” e é partilhado por todos. O Novo Testamento usa essa palavra para designar a comunidade e significa compartilhar e participar do corpo de Cristo. A comunhão é a prova definitiva de que a igreja está viva.
Uma igreja pode ter boa programação, música e pregação, mas se não vive em comunidade, deixou de ser um organismo vivo e passou a ser uma organização doente.
No Apocalipse, Jesus mandou que João escrevesse uma carta às sete igrejas da Ásia Menor. Cada carta é uma espécie de receita do Grande Médico para igrejas com todo tipo de problemas. Essas igrejas representavam o povo de Deus em cada época. A primeira igreja é Éfeso, que representa a igreja do 1o século. A igreja de Éfeso é a igreja de Atos 2. Como era essa igreja? Vibrante, dinâmica, cheia de vida. Ela pulsava e respirava comunhão.
No entanto, em Apocalipse 2:4, o Anjo da igreja de Éfeso faz a seguinte acusação: “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.” No Apocalipse, você verá que essa igreja continuava perseverante na doutrina dos apóstolos. Era uma igreja forte doutrinariamente, capaz de defender a fé cristã, mas havia perdido seu senso de comunidade. Quando a comunhão é perdida, tudo o mais fica sem sentido na fé.
O apóstolo João era o pastor daquela igreja. Ele foi o discípulo de Jesus que mais viveu. Em 1 João, ele fala de comunhão. O apóstolo diz que, se falta comunhão na igreja, perde-se a alegria na vida cristã (1:3, 4).
No tempo dele, mesmo defendendo a sã doutrina, a igreja havia perdido o fervor espiritual, e o amor estava se extinguindo. A igreja tinha a doutrina certa, mas lhe faltava fervor. Tinha a mensagem certa, mas lhe faltava amor.
A igreja de Éfeso foi convidada a se lembrar de onde caiu, arrepender-se e voltar à prática das primeiras obras. Era preciso resgatar o que se perdera. Essa é nossa maior necessidade hoje.
Se você é um jovem que ama a Bíblia e se encanta com a força e a pureza da mensagem adventista, mas sente-se como um crente meia-boca, talvez o que falte em sua vida seja comunhão.