Se um comunicador tivesse que tornar pública uma mensagem fazendo-a conhecida por todo o mundo, certamente faria uso de todas as mídias disponíveis. Jesus veio a este mundo como um comunicador cuja missão era revelar o caráter do Pai. Ele veio tornar público o que precisava ser conhecido. Essa era a essência de Sua missão: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Ele Me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4:18, 19). As palavras “pregar” e “proclamar” representam a ação essencial de Sua missão.
A estratégia de Jesus, no entanto, é inusitada. Ele se comporta de maneira oposta ao que se espera de um comunicador: “Muitos O seguiram, e Ele curou todos os doentes que havia entre eles, advertindo-os que não dissessem quem Ele era” (Mt 12:15, 16). Após a cura de um surdo e gago, Jesus “ordenou-lhes que não contassem a ninguém” (Mc 7:36).
Parece difícil entender esse método de Cristo. Porém, Ellen White analisa essa aparente apatia à publicidade da seguinte forma: Jesus “havia procurado evitar agitação e publicidade. Recusava as homenagens do povo e passava rapidamente de um lugar a outro […]. No entanto, isso não ocorreu em Sua última viagem. […] Mas então decidiu voltar, viajando de maneira mais pública possível, em um trajeto cheio de voltas, e antecedido de anúncios de Sua aproximação, como nunca havia permitido antes. Estava marchando em direção ao cenário de Seu grande sacrifício, para o qual a atenção do povo deveria ser dirigida” (O Desejado de Todas as Nações, p. 389 [485]; ênfase acrescentada). Quando chegou a hora de morrer pela humanidade, Cristo chamou atenção para Si.
Precisamos ser sábios como Cristo para comunicar no momento adequado o conteúdo certo. Dessa forma, o ser humano pecador não será atraído pelo que é passageiro, mas ao que é eterno e transformador. Para comunicar de verdade, é preciso entregar-se pela causa de Deus.