A descrição que Cristo faz de Marta me faz lembrar de mim mesma. Tenho certeza de que muitas de vocês que estão lendo isso podem se identificar comigo. Parece que a vida é tão ocupada e há demandas constantes de todas as direções. Como alguém pode encontrar tempo para relaxar?
Meu padrasto, apesar de todos os seus defeitos, me ensinou as lições do trabalho duro, perseverança e da busca pela excelência. Ele pode não ter tido a intenção de me ensinar todas essas coisas, e não necessariamente as viveu, mas são lições que aprendi da infância que tive sob a sua guarda.
Infelizmente, ele não me ensinou moderação ou equilíbrio. Embora ele tenha falecido há muitos anos e eu não esteja sob seu controle desde os dezesseis anos, às vezes ainda posso ouvir sua voz ecoando em minha cabeça. Talvez nem seja mais a voz dele, talvez agora seja apenas um padrão profundamente enraizado de pensamento e comportamento moldado por suas palavras e tratamento para comigo.
Nada do que eu fazia era bom o suficiente para meu padrasto. Eu era aluna nota 10. No entanto, se alguma prova tivesse dez pontos extras e eu não conseguisse obtê-los, não estava bom o suficiente para ele. Se eu tirasse 9,8 em vez de 10 em um exame, isso também não era bom o suficiente.
“Por que você não conseguiu tirar 10?” “Por que você não se esforçou mais?” “Você é tão estúpida!”
Essas palavras, junto com o abuso e outras coisas que aconteciam enquanto eu crescia, me levaram a lutar pela perfeição acadêmica e a controlar a única coisa que eu podia: minha alimentação. Fiquei gravemente anoréxica, mas tinha notas perfeitas! Aprendi a mascarar a dor que sentia, emocional, física e espiritualmente. Aprendi a colocar um sorriso e a continuar pressionando.
A palavra “prossigo” me faz pensar em um tipo diferente – e melhor – de pressão no qual preciso me concentrar enquanto “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14). Somente Ele pode nos ajudar a encontrar o equilíbrio para nossa vida.
{ Samantha Nelson }