No evangelho de João, um oficial do rei vai até Jesus, pedindo um milagre. Seu filho estava morrendo. Ele pediu com ansiedade: “Senhor, vem, antes que meu filho morra!” (v. 49). Em geral, aprendemos a confiar em Deus ao ver o que Ele fez na vida de outros e na nossa. Contudo, aquele pai escolheu confiar na palavra de Jesus, antes mesmo de ter certeza do milagre.
Alguns teólogos acreditam que o homem fosse Cuza, cuja esposa era Joana. Pelo fato de Jesus ter curado seu filho, ambos passaram a servi-Lo com seus bens, dando todo apoio a Seu ministério.
Quando aquele homem encontrou Jesus, suplicou pela cura do filho. Ele recebeu uma resposta dura do Senhor, mas parecia ter entendido o porquê de Cristo falar daquela maneira. O Senhor não se dirigia somente a ele, mas também à multidão. As pessoas queriam sinais, milagres e espetáculo. Ainda hoje, muitos querem razões para crer. Quando confiamos em Deus apenas por causa daquilo que Ele realiza, desenvolvemos uma fé dependente de sinais. Muita gente precisa receber bênçãos para confiar, mas aquele homem creu no poder da palavra divina.
Imagina o nível de confiança dele ao voltar para casa acreditando apenas na palavra de Jesus. Cristo não foi com ele. O homem teve que voltar para casa sozinho, mas confiou no que Jesus tinha dito a ele. A confiança tem que estar alicerçada na Palavra de Deus.
O homem não sentiu nada, não viu nada, mas, apesar disso, creu e voltou para casa afim de ver o filho curado. Comentando a fé daquele homem, Ellen White afirmou: “Nós também devemos aprender essa lição. […] Temos de confiar em Suas promessas. Quando nos aproximamos Dele com fé, toda súplica penetra o coração de Deus. Tendo pedido Suas bênçãos, devemos crer que as receberemos e agradecer-Lhe porque já as recebemos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 200).
Que confiança grandiosa crer que Jesus, o grande Médico, era capaz de curar sem ver o paciente! Acreditar não porque Jesus mostrou as provas, mas porque Ele falou. O incrédulo diria: “Santa ingenuidade!” Mas aquele homem de fé passou pela experiência de crer sem ver. A questão é: Você vai confiar no que Deus diz ou vai ficar esperando uma manifestação de poder para crer?