Um homem caminha em uma estrada rural. É noite, e o céu está nublado após uma pancada de chuva. Um carro passa por ele, lança água de uma poça e mancha sua roupa. Como está escuro, ele apenas sente que parte de uma manga da camisa foi atingida. Continuando a caminhar, percebe distante um poste com luz. Depois de alguns minutos de caminhada, um pouco de luz já o atinge, e ele percebe que está mais molhado e sujo do que pensava. Quanto mais se aproxima da luz, mais percebe sua condição. À medida que avança em direção à luz, ele não se suja mais, mas percebe melhor a sujeira em suas vestes.
Isso ilustra o que ocorre conosco. Depois de conhecer o evangelho, pela primeira vez, entregamo-nos completamente a Deus. Somos sinceros em afirmar que entregamos tudo, mas a vida continua. Com o passar do tempo, devido ao nosso aprendizado cada vez maior das Escrituras e à nossa comunhão com Deus, descobrimos fraquezas e pecados de que jamais suspeitamos. A Luz revela nossa verdadeira condição. Estamos mais sujos do que pensávamos. Precisamos, então, confessar a Deus esses pecados recém-descobertos e nos apropriar da graça de Cristo para vencê-los um a um.
Em Seus ensinos, Jesus frequentemente convidava os ouvintes a uma entrega total. Certa vez, Ele disse: “Qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser Meu discípulo.” Esse “tudo” pode variar de pessoa para pessoa, mas sempre se refere a tudo aquilo que, se conservado, seria um empecilho para manter um relacionamento adequado, profundo e duradouro com Cristo. Pode ser um objeto, uma atividade, um relacionamento, um mau hábito, um vício, um pecado – qualquer coisa que amarmos mais do que a Jesus. É justamente isso que Deus quer que abandonemos.
Jesus nos convida a fazer uma completa entrega a Deus, sem qualquer reserva. Precisamos oferecer a Ele tudo o que somos e tudo o que temos, desejando pertencer-Lhe para sempre. Precisamos aceitar a Cristo como Senhor, além de Salvador. A isso chamamos de consagração. Renovemos hoje nossa completa entrega ao Senhor.