O apóstolo Paulo afirmou que é preciso esforço para fugir da má consciência e desfrutar uma consciência limpa: “Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens” (At 24:16). O cuidado e o respeito para com a razão e o cultivo de uma consciência limpa resultam em faculdades mentais elevadas. Contudo, para isso é preciso reconhecer que a graça de Deus tudo opera e que é necessário manter contínua vigilância.
Cristãos inconstantes carregam o fardo de uma vida que os culpa o tempo todo. Isso é terrível! A falsa harmonia entre o certo e o errado não nos traz paz. É preciso retroceder e buscar a conformidade entre o que cremos e o que vivemos. Somente assim é possível viver de bem consigo mesmo, com Deus e os semelhantes. Não existe travesseiro mais macio do que uma consciência limpa, assim como Paulo afirmou diante do Sinédrio: “Meus irmãos, tenho cumprido meu dever para com Deus com toda a boa consciência” (At 23:1). Se plantarmos amor, poderemos até colher o ódio, mas teremos a tranquilidade de saber que fizemos aquilo que é correto.
Aquele que deve sempre será perseguido por sua consciência. William Shakespeare ponderou que “o ladrão vê em cada sombra um policial”. A tentação de nos sentirmos culpados estará à espreita porque a condenação é uma das especialidades de Satanás. Quanta culpa sentimos por nossa natureza caída e por sermos pecadores! Às vezes sofremos com as consequências de decisões e escolhas por muito tempo, mas Deus não quer que carreguemos os fardos de pecados confessados.
O Senhor nos oferece a possibilidade de viver com a consciência limpa. Podemos olhar para o sacrifício de Cristo e dizer: “Hoje vivo tranquilo, não carrego mais o peso do pecado porque Jesus carregou minha culpa. Tirou de mim toda mancha de condenação e, assim, sigo ‘conservando o mistério da fé com a consciência limpa’” (1Tm 3:9, ARA).