Sábado
24 de junho
Controvérsias produzem brigas
Evite as controvérsias tolas e inúteis, pois você sabe que acabam em brigas. 2 Timóteo 2:23

Veja o que eu fiz para a festa de aniversário da Bárbara! – Melissa agitou várias folhas de papel, todas elas cheias de figuras, ligadas por fios coloridos.

– Não vejo isso faz anos! – eu disse, pondo meu trabalho de lado. – Você gostou da brincadeira? Melissa concordou balançando a cabeça.

– A Bárbara começou a discutir com Mayling. Ela é de Hong Kong. Bárbara traçou uma linha entre um macaco e um bezerro porque eles são mamíferos. Mayling ligou um macaco a bananas e um bezerro ao leite, porque é isso que eles comem. As duas disseram que a outra estava errada. Começaram a levantar a voz. Eu disse que perguntaria a você quem é que está certa.

Respirando fundo, sorri diante do seu ansioso rostinho e disse: – A neurociência cultural diria que elas representam percepções igualmente válidas, embora diferentes. Diferente significa apenas que algo não é semelhante – não necessariamente certo ou errado.

Neu-ro-ci-ên-cia cul-tu-ral – pronunciou Melissa, devagar.(Eu sabia que essas palavras apareceriam logo na conversa.)

– Os estudos estão descobrindo bases neurobiológicas para diferenças culturais, tanto as bem conhecidas quanto as inesperadas. Quando foi mostrada aos participantes da pesquisa uma variedade de figuras, os estudos revelaram que diferentes regiões do cérebro eram ativadas com base no local de nascimento – se os indivíduos nasceram e foram criados na parte Oriental ou Ocidental deste planeta – expliquei. – Os ocidentais tendiam a ativar regiões do cérebro que reconhecem objetos e os classificam por semelhança, enquanto os orientais mostravam mais atividade nas áreas cerebrais que processam relacionamentos entre os objetos (como no caso do alimento). Os pesquisadores acreditam que o cérebro é moldado pela cultura.

– Interessante! – exclamou Melissa. – Amanhã vou dizer às duas que elas estão certas, com base na pesquisa da neurociência cultural. (Aí estava!) Bárbara tem um cérebro ocidental; Mayling, um cérebro oriental. – Ela fez uma pausa. – Então por que as pessoas discutem sobre coisas como essas? – Excelente pergunta. Eu não tinha resposta. Na verdade, o mundo parece se enredar com discussões e brigas: em família, nas escolas, igrejas, política, cultura e nacionalidades. Já passou da hora de levar a sério o conselho de Paulo (Tt 3:9) para evitar controvérsias tolas e discussões sem sentido.

Arlene R. Taylor