Em 4 de dezembro de 1967, o mundo foi sobressaltado pelo anúncio de que no dia anterior uma equipe de cirurgiões cardíacos, na África do Sul, chefiada pelo doutor Christiaan N. Barnard, efetuara o primeiro transplante de coração no mundo todo e que o paciente sobrevivera.
A operação foi realizada em Louis Washkansky, um homem de negócios de 55 anos que estava sofrendo de uma irreparável lesão cardíaca. Depois de ter sido completado o transplante, foram colocados eletrodos contra as paredes do novo coração, deu-se um choque elétrico nele, e o coração começou a pulsar.
Após o transplante, o principal perigo com que os médicos se deparavam era o corpo do paciente rejeitar o coração novo. De acordo com o doutor
Jacobus G. Burger, diretor médico do hospital, os dois ou três primeiros dias após a operação foram os mais críticos. Disse Burger: “Quanto mais tempo o Sr. Washkansky continuar vivendo, tanto melhor, embora isso não signifique que o coração não será rejeitado mais tarde. Dentro de cinco ou dez anos o corpo poderá decidir que não quer esse coração” (Facts on File, 7 a 13 de
dezembro de 1967).
Apesar de tudo que a ciência médica podia fazer, sintomas de rejeição imunológica e outras complicações começaram a aparecer no dia 8 de dezembro, e, 13 dias mais tarde, em 21 de dezembro, Washkansky morreu.
Essa foi a primeira vez que os médicos deram um novo coração físico a uma pessoa. Porém, desde que a humanidade passou a ser afligida pela fatal doença do coração denominada pecado, Deus tem dado aos seres humanos novos corações espirituais. Como no caso do transplante de corações físicos, enquanto durar a vida sempre existe o perigo da rejeição do novo coração espiritual. Contudo, como no caso de Washkansky, quanto mais tempo ficarmos com o coração novo, menor será o perigo de que venhamos a rejeitá-lo.
Naturalmente, Washkansky não podia evitar que seu corpo rejeitasse o coração novo, mas isso não é verdade a respeito do novo coração espiritual. Renovando frequentemente nossa decisão de reter o coração novo que Deus nos dá, podemos evitar que nossa natureza pecaminosa o rejeite.
Donald Ernest Mansell, 7/1/1982