O salmão se submete a um verdadeiro suicídio para evitar que a sua espécie se extinga. Ele é capaz de ultrapassar os limites do cansaço para voltar ao leito do rio onde nasceu e se criou, com o objetivo único de desovar. Há cinco espécies de salmão no Oceano Pacífico. O “sockeye” é vermelho com manchas pretas e o “coho” é também conhecido como prateado. O “chinook” é o de maior porte da turma: alcança um metro e meio e chega a pesar 50 quilos.
O salmão nasce nas águas calmas dos rios de água doce, onde vive por um ano. Depois nada rio abaixo rumo ao mar, onde fica até os sete anos de idade. Quando alcança a maturidade, um misterioso instinto o empurra para fora do mar, na direção do mesmo rio onde nasceu. Então, entre os meses de setembro a novembro, começa uma viagem sem volta. Nadando até 47 quilômetros por dia, ele percorre até 2.400 quilômetros, enfrentando correntezas e saltando por cima dos mais variados obstáculos: pedras, troncos, correntezas e quedas d’água.
A partir do momento em que sai do mar e entra na água doce, o salmão não come mais. Sua obsessão é chegar. Esse teste de resistência só termina quando finalmente ele aporta em seu berço natal. Extenuado, com as nadadeiras aos pedaços, magro e faminto, ele cumpre sua missão. A fêmea escava uma pequena cova e desova. Em seguida, o macho fertiliza os ovos. Por último, a fêmea os cobre com uma pequena camada de cascalho. Sessenta dias depois, os filhotes nascem. Completada a tarefa, resta ao salmão deixar-se levar vagarosamente rio abaixo e ir ao encontro da morte. Ele não verá outra vez o mar da Costa Oeste. Esse destino é igual, tanto para o salmão que consegue chegar ao rio, como para o que não alcança a meta final.
Jesus também veio ao encontro da morte. Ele fez isso porque não havia outra saída para nós. Satanás tentou impedi-Lo, colocando em Seu caminho todo tipo de obstáculo. Chegou a Lhe oferecer os tesouros do mundo e a usar os próprios discípulos para levá-Lo a desistir.
Mas o amor de Jesus por nós foi maior do que o medo da morte. Ele morreu na cruz, mas a vida incontrolável que está Nele explodiu em uma ressurreição de glória e luz, atingindo a todos nós. Sua morte e ressurreição são a nossa garantia de vida. “Quem tem o Filho tem a vida” (1 João 5:12).