Muitas vezes Deus pediu ajuda aos animais. Na lista dos convocados tem peixe, corvos, jumentos e outros. Confira:

Codornizes para alimentar o povo de Israel; corvos-garçons para levar comida para Elias; piolhos, rãs, moscas e gafanhotos para castigar os egípcios; um peixe grande para engolir Jonas; ursas para castigar os jovens que zombaram do profeta Eliseu; serpentes do deserto para castigar o povo de Israel; peixe-caixa para dar dinheiro a Jesus; um verme, ou lagarta para comer a planta de Jonas; vermes para matar o rei Herodes; uma pomba para simbolizar o Espírito Santo; jumento-táxi para dar uma carona a Jesus em Jerusalém; jumenta porta-voz para dizer algumas verdades a Balaão.

Esses bichos fizeram o que o Criador determinou que fizessem. Sem saber, o peixe que pegou a moeda no Mar da Galileia e ficou com ela na boca até que Pedro, um dos apóstolos, o fisgasse com um anzol, participou da missão de Jesus. Balaão era um homem indeciso. Queria fazer a própria vontade, mesmo sabendo que não era certo apoiar Balaque e amaldiçoar o povo de Israel. Deus então disse claramente: “Não vá com eles” (Números 22:12).

Mas Balaque enviou uma nova comitiva ao profeta teimoso e, dessa vez, com promessas de suborno. Balaão já sabia a posição de Deus, mas continuou teimando. Seu problema era querer que Deus aprovasse sua desobediência. Então o Senhor disse: “Pode ir.” Balaão saiu correndo e nem sequer enxergou o anjo. Ele não viu, mas a jumenta viu. E ela não somente enxergou, mas até falou.

Pense na situação: um profeta tendo a atenção chamada por uma jumenta. Nada contra o bichinho, uma das criaturas mais teimosas e tontas que existem, mas isso mostra o que acontece quando uma pessoa insiste em não fazer a vontade de Deus: até um jegue tem mais lucidez. Outra coisa: é mais fácil para Deus usar um jumento teimoso do que um homem ou uma mulher teimosos.