Sexta-feira
14 de fevereiro
CUIDADO COM EM QUE ACREDITA
Você crê que Deus é um só? Faz muito bem! Até os demônios creem e tremem. Tiago 2:19

Como vimos ontem, a fé não é um dom exclusivo dos filhos de Deus; até os demônios podem manifestá-la. No entanto, essa fé se diferencia da fé salvadora. Pode ser apenas uma predisposição para acreditar em qualquer coisa, seja em Deus ou na previsão do tempo. Por exemplo, alguém pode dizer: “Desisti de ir à praia porque a meteorologia disse que vai chover”, ou “Viajei tranquilo porque confiei no mecânico”. Observe que nenhuma dessas demonstrações de confiança contradiz necessariamente a fé em Deus.

Entretanto, existem crenças extremamente perigosas, seja para dissipar potencialidades, como as crenças limitantes, ou para conduzir à morte. Li certa vez sobre pessoas que morreram por acreditar em perigos imaginários: um sujeito morreu picado por uma cobra não venenosa, e um motorista congelou em um freezer desligado.

O caso mais dramático foi o de um jovem desafiado pelos colegas a passar uma noite no cemitério. Na manhã seguinte, foi encontrado morto, enroscado em um galho de árvore que adentrava sua camisa. A causa foi infarto, mas, considerando sua idade e a falta de um histórico cardíaco, fico imaginando o que passou em sua mente quando sentiu aquele “braço” entrando pelo colarinho.

Ilusões matam, desde que se acredite nelas. Por isso, o diabo não quer fazer de você um descrente, muito menos um crente racional; ele quer torná-lo um crédulo ingênuo, capaz de sucumbir diante das tolices que a ilusão proporciona, convencendo-o de que são reais.

A fé genuína em Deus pode ter a função adicional de proteger e libertar das crendices ilusórias deste mundo. Chesterton afirmava que, “quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa”. Basta olhar ao redor para constatar quantos de nossos irmãos “descrentes” acreditam devotamente no Estado, na política, no horóscopo, no cosmos, na ufologia, nas ideologias, nas vãs filosofias e, por fim, em si mesmos.

Enquanto a fé verdadeira liberta o ser humano, suas próprias convicções podem aprisioná-lo, conforme alertou Nietzsche, um cético que acreditava na ilusão da morte de Deus. Paradoxal, não é mesmo? Diante desse cenário, é preciso refletir: Sua fé está inteiramente depositada em Deus e em Sua Palavra?