O plano que Deus elaborou para resgatar este mundo e restaurar a humanidade centraliza-se na pessoa e na obra de Cristo. Diz respeito aos Seus atributos e ao que Ele fez, faz e fará por nós. Sua encarnação é coisa do passado, também Sua luta contra o pecado, Seu sofrimento, Sua morte e ressurreição. Já Sua segunda vinda e a criação de novos céus e nova Terra estão no futuro. No presente, porém, está a Sua intercessão no santuário do Céu. Aquele que tanto nos amou a ponto de dar Sua vida por nós e que virá nos buscar não está tirando longas férias nem Se encontra de braços cruzados, mas está bem ativo exercendo uma função sacerdotal junto ao trono do Universo, o que é imprescindível para nossa salvação. Sobre isso, Ellen G. White escreveu: “A intercessão de Cristo no santuário celestial, em favor do ser humano, é tão essencial ao plano da redenção como foi Sua morte sobre a cruz” (O Grande Conflito, p. 409 [489]).
Há na Bíblia um livro dedicado a tratar dessa etapa tão importante no processo de nossa salvação. É a Carta aos Hebreus. Ela apresenta as características marcantes de um sacerdote: é alguém escolhido por Deus; deve ser humano, estar ele próprio “rodeado de fraquezas” e ser “capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram”; e sua missão consiste em atuar em favor dos homens, inclusive oferecendo a Deus sacrifícios pelos pecados (Hb 5:1-4). Ora, se Cristo não tivesse deixado os Céus e Se tornado um de nós, Ele jamais poderia desempenhar essa função. Foi porque Ele Se humilhou e assumiu uma natureza de carne e sangue, como a nossa, que hoje possui todas essas especificações e está plenamente qualificado para ser nosso Sacerdote (Hb 2:14, 16, 18; 4:15; 5:10; 7:25; 9:11, 12).
Aceitemos, neste dia, Sua intercessão, confiando na Palavra de Deus, que nos diz: “Tendo, pois, Jesus, o Filho de Deus, como grande Sumo Sacerdote que adentrou os Céus, conservemos firmes a nossa confissão. […] Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” (Hb 4:14, 16).