Quarta-feira
16 de abril
CRUCIFICADOS COM CRISTO
Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Gálatas 2:19, 20

Todos os movimentos sociais, sejam religiosos, políticos ou esportivos, são caracterizados pelo uso de um símbolo que os identifica perante a sociedade. Os judeus são identificados pela estrela de Davi; os muçulmanos, pela lua crescente; e os cristãos, pela cruz. Mas você sabia que existem pelo menos 385 tipos diferentes de cruzes? Quem traz essa informação é a Enciclopédia Heráldica, editada por William Berry. Nela, o autor explica que a maioria dessas cruzes é posterior à época de Cristo e não tem nenhum significado especial a não ser como emblema de família.

No entanto, mesmo nos tempos romanos, havia diferentes tipos de cruzes. Sêneca, que foi advogado em Roma e tutor do sanguinário Nero, descreveu uma cena horrível de pessoas crucificadas em Roma que ele mesmo presenciou: “Lá eu vi cruzes, não apenas de uma forma, mas de várias, diferentemente planejadas para diferentes pessoas. Alguns penduravam suas vítimas com a cabeça para baixo, enquanto outros pregavam suas partes íntimas, outros ainda estendiam os braços [da vítima] sobre o patibulum(De Consolatione ad Marciam 20.3).

O patibulum era um poste horizontal que cruzava sobre outro em posição vertical, chamado stipes, de modo que o condenado ficasse na posição de um “T”. Embora o modelo pudesse variar um pouco, dificilmente os romanos fugiam dessa forma de crucifixão, exceto em casos específicos nos quais uma quantidade muito grande de condenados era morta de uma só vez, como ocorreu na destruição de Jerusalém, quando começaram a pregar pessoas em árvores por não terem mais cruzes suficientes para tantos condenados.

É muito importante estudar esses detalhes para termos uma compreensão histórica de como deve ter sido a morte do Filho de Deus. Contudo, de nada valerão essas informações se não estivermos dispostos a ser crucificados com Cristo. Isso significa priorizar a vontade de Deus em vez da nossa, aceitar o sofrimento como parte da carreira cristã e permitir que nosso eu morra para que Cristo viva em nós. Sem essa disposição por parte daqueles que creem, a história da cruz não passará de um evento histórico que é interessante, mas não salva ninguém.