Segunda-feira
07 de maio
Curva na estrada
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação. 2 Coríntios 4:17, ARA

No dia 24 de agosto de 2014, às 3h20 da manhã, em Napa, Califórnia, experimentei o que é um terremoto de 6 graus. O abalo foi sentido por muitos quilômetros ao redor. Depois de passado o tremor, nós nos acomodamos de novo na cama, achando que tudo estava bem outra vez. Às 8h30 daquela manhã, conforme havíamos planejado, saímos para acampar ao norte.

Naquela tarde, quando nos instalamos em um parque para veículos recrea­cionais, verifiquei a caixa postal no celular. Nosso inquilino havia ligado para dizer que a pouca água que conseguia tirar do nosso poço estava marrom. Logo soubemos que o tremor havia causado alterações no sedimento em centenas de poços. Disseram-nos que devíamos esperar até que a terra se acomodasse e a água ficasse clara. Isso significava comprar água engarrafada para beber.

Ao voltar para casa, falei com alguém que me disse onde conseguir água boa de uma fonte. Estava localizada junto a uma estrada perto do topo da nossa colina, a poucos quilômetros de uma curva na estrada. Meu esposo e eu partimos à procura dessa fonte. Depois de descer a colina quase até a metade sem encontrar o cano, voltamos e nos dirigimos colina acima.

De repente, ali estava – o cano da água junto a uma curva na estrada. Não o havíamos percebido ao descer a colina porque o cano estava justamente onde havia uma curva fechada. Havíamos concentrado o olhar na estrada à nossa frente em vez de observar os detalhes ao longo do caminho.

Refleti a respeito dessa experiência. Nos projetos de vida, temos em mente planos, metas, objetivos e esperanças. Achamos que sabemos aonde ir e o que fazer. Contudo, a vida nem sempre acontece de acordo com nossas expectativas. Nem sempre notamos com clareza as curvas da estrada porque nos concentramos naquilo que está à frente. Desse modo, desconsideramos detalhes importantes. Porém, à medida que o tempo passa, podemos olhar para trás, para as estradas que já percorremos e, com o auxílio de Deus, obter uma perspectiva mais clara acerca da possível necessidade de dar a volta e seguir em outra direção para cumprir os Seus propósitos. Deus é bom, pois nos ajuda a reavaliar nossas jornadas.

Ele prometeu: “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:20).

Donna Voth