A injustiça sempre me surpreende, embora não devesse. É parte e parcela da vida em um planeta caído. Você pode pensar que a igreja é um oásis de justiça em um mundo insano e ferino, um lugar para onde você pode fugir em busca de refúgio. No entanto, com muita frequência (pelo menos em minha experiência), a igreja tem abundância de injustiças. Dói quando o mundo lhe dá um tapa na cara; mas, quando alguém na igreja lhe dá um tapa, a dor é muito mais intensa.
A pior coisa quanto a isso não é o fato de que acontece. Afinal, se a igreja de Cristo O crucificou, você acha realmente que a sua vai tratá-la melhor? A pior coisa quanto a isso é que, em nove de cada dez vezes, deixamos de aproveitar as oportunidades de testemunho que essas circunstâncias proporcionam – porque não conseguimos enxergar o outro lado da dor que nos cega.
Quando Satanás induz um não cristão a magoar alguém, é uma vitória; mas, quando ele induz um cristão a magoar outro, é uma dupla vitória.
Quantas pessoas você conhece que saíram da igreja ou se desiludiram com o cristianismo porque viram um cristão xingar outro ou usar a língua para ferir outro de algum modo?
Parafraseando Shakespeare, “embora pequena, é perigosa”. Nossa língua é como uma pequena espada, que corta e retalha indiscriminadamente, a menos que lhe apliquemos as rédeas. No entanto, não somos suficientemente fortes para isso. O mais musculoso levantador de pesos não é forte o suficiente para restringir uma língua inclinada para o mal. Encaremos o fato: entregues aos seus próprios desígnios, todas as línguas são inclinadas para o mal, porque todos somos pecadores.
Se quisermos usar a língua como Deus designou que fosse usada, precisamos permitir que Ele a controle. Caso contrário, ela é propriedade de Satanás, e todos sabem como ele a usará. A Bíblia nos diz que “há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura” (Pv 12:18).
Entregue suas palavras a Deus, hoje. Pronuncie somente boas palavras.
Céleste Perrino-Walker