Imagine um pai de família voltando para casa após uma viagem de três semanas pelos Estados Unidos. Ele entra na sala, abraça a família e ouve os filhos dizerem: “Pai, você comprou muita coisa?” Ele, sorrindo, diz: “Sim, filhos, vou mostrar a vocês.” Rapidamente abre as malas e começa a tirar peças de roupa, tênis caros e um monte de utensílios – todos para ele. “Olhem, filhos! Vejam se ficam bons em mim!” Como você acha que aquelas crianças reagiriam? Com total decepção, com certeza!
Segundo os psicólogos, decepção é um sentimento de desgosto, mágoa e desapontamento, causado por uma surpresa desagradável ou quando as expectativas não são alcançadas. Você já passou por isso alguma vez? Já levou um fora, uma porta na cara ou ficou “a ver navios”?
O verso de hoje descreve a decepção de Moisés após liderar o povo de Israel durante 40 anos no deserto. Foram quatro décadas de peregrinação, provações e muita paciência. Agora que o homem de Deus estava no monte Nebo, com uma vista privilegiada da Terra Prometida, a um passo de realizar o sonho da sua vida, recebeu um “balde de água fria” do próprio Senhor. Ele não entraria em Canaã.
Essa decepção foi resultado de uma atitude errada do próprio líder de Israel. Quando Deus pediu que falasse à rocha no deserto de Zim, Moisés desobedeceu e acabou desferindo dois golpes naquela pedra, que representava Cristo (Nm 20:7-12). Por causa desse ato público de desobediência, um mau exemplo para o povo, o profeta foi impedido de receber a bênção esperada.
No entanto, Deus não abandonou o Seu amigo no alto do monte. Ele tinha um plano muito melhor para Moisés. Em Judas 9, é dito que o próprio Jesus, sob a figura do arcanjo Miguel, repreendeu Satanás, que disputava pelo corpo de Moisés, e ressuscitou o Seu servo, conduzindo-o para o Céu, a verdadeira Terra Prometida (Mt 17:3).
Talvez eu escreva agora para alguém que está decepcionado com Deus ou com alguma circunstância. Não se amargure. Se você está nos braços do Pai, o melhor ainda está por vir!