O pastor Dwight Nelson contou que, certa vez, viu uma menina tremendo de frio e passando fome na rua. Indignado, orou a Deus perguntando por que Ele via aquela situação e não fazia nada. Não demorou para que fosse impressionado com o seguinte pensamento: “Deus já fez alguma coisa; Ele me fez.”

Enquanto questionamos por que Deus não age em favor dos necessitados, Ele pergunta por que o Seu povo parece não se importar com eles. No fim, a maioria das pessoas só conhecerá o toque de Cristo pelas mãos de Seus filhos. Por isso, Frank Laubach certa vez orou: “Ó Deus, perdoe-nos pelas vezes que olhamos para o mundo com os nossos olhos enxutos.”

O Deus dos escolhidos também é Deus dos excluídos, e não são poucas as situações nas quais a mesma pessoa se enquadra nessas duas categorias. Cristo libertou os escravos do pecado, defendeu o direito de viúvas e órfãos e lutou para que aos pobres fosse feita a justiça. Ele tocou os intocáveis, ergueu os abatidos, curou os incuráveis, amou os odiáveis e Se fez “amigo de […] pecadores” (Mt 11:19). Os que, no passado, foram ignorados agora se unem em um lindo coro, entoando louvores Àquele que os resgatou das sombras e do silêncio.

Em sua grandiosa misericórdia, Deus busca aqueles que foram deixados à margem da sociedade, estigmatizados, ignorados e subestimados. Ele os elege com amor incondicional, revelando a grandeza de Sua compaixão e benevolência. Seu chamado rompe as correntes da exclusão, oferecendo redenção àqueles que foram esquecidos, elevando-os a um lugar de honra e significado.

Ele mesmo “foi desprezado e rejeitado pelos homens” (Is 53:3) e, enquanto era vítima de preconceito, acolheu os rejeitados pela sociedade. Tudo isso para mostrar que Deus não tem filhos prediletos. Ele não abandona ninguém. Somos nós que abandonamos, que desamparamos e que falhamos. Contudo, chegará o tempo em que a mesma humanidade, que investe fortunas para encontrar vida em Marte, terá que prestar contas por ter desprezado a vida na Terra.

Hoje, pense em alguém que necessita de auxílio e se proponha a ser a mão de Deus na vida dessa pessoa.