O Amazonas é um estado rico em águas doces. Em nosso evangelismo de prática da faculdade de Teologia, estávamos lá, em um local em que o transporte principal é a canoa a motor. Mas não esperávamos que passaríamos duas semanas sem evangelizar. Depois de alguns dias, o pastor do distrito no qual estávamos trabalhando nos encaminhou para uma igreja que precisava de apoio. Lá realizaríamos uma semana de oração.

As aventuras começaram no exato dia em que iniciaríamos a viagem. Nós não sabíamos onde era o local. Então precisaríamos de muita informação para traçar o caminho correto. Ao longo da viagem fomos nos orientando, e todos diziam que poderíamos seguir em frente, que logo adiante pediríamos mais informações.

Depois de três longas horas de viagem, percebemos que estávamos perdidos! ‘‘E agora, o que fazer?’’, pensei. O tanque de gasolina estava praticamente vazio. A água que tínhamos já estava quente. De alimento, só restavam alguns biscoitos. Se voltássemos seria pior. Decidimos prosseguir segurando a mão de Deus, confiantes de que havia sido Ele quem nos encaminhara àquele lugar. Ele havia nos chamado para aquela missão.

Após cinco horas de viagem, chegamos ao nosso destino, mas havia algo… O pastor que nos encaminhou para aquela vila não tinha avisado aos irmãos que nós estávamos para chegar. Consequentemente, nem sabíamos a quem procurar. Ainda estávamos completamente perdidos.

Graças ao nosso Pai amado, ao lado da Igreja Adventista do Sétimo Dia havia um senhor responsável pela igreja. Ele nos recebeu com muito carinho e nos mostrou o lugar em que ficaríamos. A família que nos hospedou foi muito atenciosa. Cuidaram de nós muito bem. Foi uma experiência única. Algo que superou todas as nossas expectativas.

Ao nos despedir, deixamos um pedacinho de nós e levamos saudade. Ao voltar para casa, pedimos mais informações e conseguimos chegar mais rápido, com três horas de viagem.

Ao passar por aquela primeira experiência no ministério pastoral, tive a certeza de que, quando Deus nos chama, Ele prepara o caminho e nos prepara também. Podemos nos sentir incapacitados, sem recursos ou até mesmo sem orientação ao longo do caminho, mas, apesar de tudo isso, Deus está ansioso para nos usar. Se permitirmos, Ele fará uma grande obra em nós, muito além do que imaginamos!

Thâmara Porto Pereira