Um dos maiores anseios quando se inicia um curso superior é a chegada do grande dia da colação de grau. Comigo não foi diferente. Em meio a grandes dificuldades, consegui terminar minha graduação em Pedagogia. Porém, para minha surpresa, a colação seria em um sábado, no dia 12 de novembro, às 9 horas. Meu coração se encheu de tristeza. Tentei entrar em contato com o reitor da faculdade, mas ele não me atendeu. Então seu secretário me pediu para enviar um e-mail solicitando a mudança no horário da colação. Expliquei que era adventista do sétimo dia e que seguia a Palavra de Deus e Seus mandamentos também. Falei da importância de guardar o sábado e coloquei alguns versos da Bíblia para que ele compreendesse. O e-mail foi enviado em julho.
O mês passou. Chegou agosto, e nada do reitor me responder. Deus já havia me abençoado de outras formas, mas Ele sabia que meu maior sonho seria participar daquele momento. Decidi entregar o caso nas mãos Dele e descansar em Seus braços de amor. Deus Se manteve em silêncio por quase dois meses. Três dias antes da data da colação de grau, o reitor me enviou o e-mail com a seguinte mensagem: “Sra. Taiana Menezes, me desculpe não ter respondido antes. Quem sou eu para ir contra suas convicções religiosas? Compreendo seu ponto de vista a respeito de sua religião e, como responsável por esta instituição, a autorizo a participar da colação de grau junto com as turmas de Tecnologia no dia 12 de novembro, às 20 horas. Você poderá levar seus convidados e, quando chegar à portaria, informe que é a aluna guardadora do sábado.”
Deus é fiel e espera de nós fidelidade. No momento da colação de grau, fui a única formanda em Pedagogia, e o próprio Reitor deu a ordem para que eu fosse a primeira aluna a subir no palco. Depois do meu juramento, ele explicou para todos os convidados a razão de eu estar ali. Quando me cumprimentou, disse baixinho: “Continue sendo fiel ao seu Deus, pois Ele sempre será fiel a você!”
Ao lembrar dessa experiência, me veio à mente a letra da música: “Se o Senhor tem ficado em silêncio, / pode ser a linguagem do amor. / Em um mundo que é tão barulhento, / Seu silêncio pode ser um favor. / Por ser sábio, Tu preferes agir em… silêncio” (Silêncio de Deus, Jonatas Ribeiro).
Taiana Menezes Barbosa de Melo